Dia das Mães: Prefeitura intensifica limpeza nos cemitérios de Belém e retira entulho dos túmulos
Maior cemitério público da capital, o "Santa Izabel” deve receber 25 mil visitantes neste domingo
A Prefeitura de Belém intensificou a limpeza dos cemitérios públicos da capital para o Dia das Mães, comemorado no próximo domingo (14). A estimativa é de que, no domingo, passem pelo cemitério Santa Izabel, no Guamá, 25 mil pessoas. E, pelo cemitério São Jorge, na Marambaia, 15 mil, segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb).
Na manhã desta segunda-feira (8), os trabalhadores retiraram muitos entulhos e folhas daqueles dois cemitérios. No “Santa Izabel”, o maior cemitério público de Belém, o serviço é feito por 121 trabalhadores e começou no dia 17 deste mês. Segundo o engenheiro ambiental Vitor Reis, da Recicle, empresa que executa os serviços no cemitério, são três equipes trabalhando no “Santa Izabel”. Das 8 às 17 horas, os trabalhadores fazem serviços de roçagem, capinação e retirada de entulhos.
A mesma empresa realiza essa ação no cemitério do Tapanã, onde estão trabalhando 39 pessoas. Além da ação da prefeitura, há, também, os serviços particulares feitos por zeladores. A limpeza de uma sepultura custa entre R$ 40 e R$ 50.
A senhora Maria Oliveira Valadares, 76, há 53 anos é zeladora particular no “Santa Izabel”. Ela chega às 7 horas e fica até 3 da tarde. Toda semana faz a manutenção de uma sepultura, cobrando R$ 70 por mês. Mas, no domingo, quando o cemitério vai registrar uma grande movimentação de visitantes, ela não irá trabalhar. “É dia do meu descanso”, afirmou.
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Ainda nesse cemitério, Zoneide Silva dos Santos, 77 anos, aproveitou para visitar o túmulo de sua mãe, Raimunda Ferreira da Silva que, aos 93 anos, faleceu há mais de 16 anos. Ontem, se viva fosse, dona Raimunda completaria mais um ano de vida.
Zoneide disse que sua mãe deixou, como legado para os filhos, amor, carinho e compreensão. “Ela não morreu. Continua viva aqui dentro do meu coração”, afirmou. No cemitério São Jorge, a expectativa é de que, a partir da próxima quinta-feira, muita gente compareça ao cemitério, antecipando a visita do domingo.
A economista Geizeane do Socorro Martins, 37 anos, visitou o túmulo da mãe, Conceição do Socorro, que, aos 58 anos de idade, morreu de covid-19 há exatamente três anos, no dia 8 de maio de 2020. “No domingo, voltarei aqui com mais membros da minha família”, disse ela, que estava acompanhada de alguns parentes. Sobre a manutenção do cemitério, Geizeane pediu que a prefeitura tenha mais cuidado e zelo” com a limpeza do cemitério.
Solange Silva tem 58 anos e há mais de 50 vende flores em frente ao “São Jorge”. Ainda criança, ela acompanhava a mãe, Júlia Duarte, que, disse, foi a primeira vendedora de flores daquele espaço. “Eu espero que dê bastante visitante e a gente faça boas vendas”, afirmou. As flores mais procuradas são calábrias (R$ 10 reais o galho) e as as de plástico (R$ 15).
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