Dez patrimônios de Belém em risco
Saiba mais sobre praças e monumentos de Belém que estão abandonados ou depredados
Ver-o-Peso
O Mercado de Ferro foi inaugurado em 1899 e o complexo reúne prédios históricos em estilo neoclássico, mas desde 1625 a feira está em atividade e só os mercados de Carne e de Peixe receberam reformas recentes. O Solar da Beira segue com obras paradas. A parte da feira já teve vários projetos de reforma arquivados e, desde 2016, tem verbas para execução. Nada foi executado.
Praça Dalcídio Jurandir
Construída no lugar da usina crematória, que inspira o nome do bairro da Cremação, a praça deixou de ser usada pela população por medo. As antigas estruturas atraíram pessoas em situação de rua e drogadictos. Os brinquedos e academia ao ar livre também foram se deteriorando pela falta de uso. É patrimônio tombado.
Mercado de São Brás
Construção centenária que remete ao ciclo da borracha em Belém. O mercado está totalmente pichado e com vários problemas estruturais, como infiltrações. Parte dele nem é usada. Algumas portas e janelas estão danificadas. Mesmo assim, reúne vários feirantes de diversos segmentos tradicionais.
Praça Floriano Peixoto
Parte do complexo de São Brás. A praça possui várias estruturas e monumentos. Uma das obras remetia à república, composta de três estátuas de bronze. Uma a uma, as estátuas foram furtadas, deixando apenas um painel com lajotas quebradas. A praça tem outros monumentos pichados.
Memorial da Cabanagem
Única obra do arquiteto Oscar Niemeyer no Pará, no centro do Entroncamento. O monumento é uma rampa que significa a caminhada dos revolucionários da maior revolta popular do Brasil e que colocou o povo no poder. Faz conjunto com um museu. Toda a estrutura vive o abandono pela falta de acesso aos visitantes e por estar oculta pelas pistas e elevados. Há pessoas em situação de rua e consumo de drogas que assustam as pessoas.
Praça Waldemar Henrique
Projetada para ser um espaço cultural e que remetia ao maestro, pianista, escritor e compositor que dá nome à praça. Há um palco no chão e outro numa concha acústica. Todo o visual remete a música. Tem o rosto do músico num monumento em bronze, que já foi todo pichado. A fonte não funciona. Assaltos constantes no local afastam visitantes.
Pilar da Infâmia
Monumento erguido para lembrar do massacre de Eldorado do Carajás, em 1996, quando 19 trabalhadores sem-terras foram assassinados pela polícia militar. Fica na praça da Leitura. O monumento está cercado de mato e a placa que explica a obra está danificada. Há rachaduras e trincos em várias partes.
Igreja das Mercês
Onde anualmente ocorre o encontro das imagens de Nossa Senhora das Dores e Nosso Senhor dos Passos, no centro comercial de Belém. A igreja está bastante deteriorada por fora. Há pedaços quebrados, paredes descascadas e sujas, mato e limo crescendo, janelas quebradas e material em ferro enferrujado.
Praça dom Pedro II
Em frente à Prefeitura de Belém e Assembleia Legislativa do Estado do Pará, é uma praça por onde pessoas têm medo de passar pelos assaltos e escuridão. A estátua de bronze do general Maximiliano Gurjão está coberta de ervas daninhas, mato, fezes de aves e limo, desde a base de pedra de lioz (mármore). Homenagem ao general brasileiro que morreu no combate de Itororó, em 17 de janeiro de 1869.
Memorial Magalhães Barata
Também conhecido como Chapéu do Barata, era o lugar onde respousavam os restos mortais do ex-governador do Pará, na praça da Leitura. A bandeira do Pará em alto relevo (para ser vista de cima) e o próprio museu sofrem com a falta de manutenção. O museu foi arrombado várias vezes e ossadas foram reviradas. Se tornou um grande criadouro do mosquito vetor da dengue, Zika e Chikungunya e abrigo de pessoas em situação de rua. Agora é totalmente ocultado pelas estações do BRT.
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