Desmatamento pressiona APA Triunfo do Xingu, no Pará, mas Governo mantém fiscalização e promove regu
Apyterewa foi a 3ª terra indígena mais pressionada
Levantamento do estudo “Ameaça e Pressão de Desmatamento em Áreas Protegidas”, publicado trimestralmente pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) indica que a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu (PA) foi o território protegido da Amazônia mais pressionado pelo desmatamento no primeiro trimestre deste ano. E a terra Apyterewa, alvo de invasões de grileiros nesta semana, foi o terceiro território indígena sob maior pressão no período.
Diante desse cenário indicado pelo Imazon, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) informa que 70% do território paraense está sob jurisdição da União. "A APA Triunfo do Xingu tem sido fiscalizada regularmente e recebe ações voltadas para a regularização ambiental. O estado também tem atuado nas regiões de influência das terras indígenas e em outras áreas pressionadas, conforme sinalizado pelos alertas DETER/INPE", comunica o órgão nesta quinta-feira (19).
A Semas também expressa que o monitoramento dos dados oficiais do INPE mostra que o Pará tem apresentado redução de 11%, de acordo com o calendário Prodes. O levantamento compara o período entre agosto de 2020 a abril de 2021 e agosto de 2021 a abril de 2022, acrescenta a Secretaria.
A metodologia adotada pelo Imazon considera o número de ocorrências de desmatamento, e não a área total desmatada, e a pesquisa serve para alertar os órgãos públicos sobre quais são os mais pressionados e ameaçados pela devastação.
O estudo classifica como pressão as ocorrências de derrubada da floresta que acontecem dentro das áreas protegidas e como ameaça as registradas ao redor, a uma distância de até 10 km. E, entre os estados, o Pará foi o que teve o maior número de áreas protegidas em ambos os rankings, com metade dos territórios mais ameaçados e pressionados. Situação que tem se repetido nos últimos estudos.
Apyterewa
Segundo o Imazon, no ranking apenas das terras indígenas sob maior pressão, ou seja, com o maior número de ocorrências de desmatamento dentro de suas áreas, a Apyterewa ficou em terceiro lugar. Com todo o seu território no município paraense de São Félix do Xingu, um dos mais críticos em relação ao desmatamento, essa terra foi alvo de novas invasões de grileiros nesta semana. O que é uma grave ameaça à vida do povo Parakanã, que vive no local.
Em primeiro lugar ficou a terra indígena Cachoeira Seca do Iriri, também no Pará. A maior parte de seu território é localizado em Altamira (76%), e o restante nos municípios de Placas (17%) e Uruará (7%). No local, vive o povo Arara.
Confira:
Áreas protegidas sob maior pressão
1ª – APA Triunfo do Xingu (PA)
2ª – APA do Tapajós (PA)
3ª – TI Cachoeira Seca do Iriri (PA)
4ª – Resex Jaci Paraná (RO)
5ª – Resex Chico Mendes (AC)
6ª – TI Waimiri Atroari (AM/RR)
7ª – APA Caverna do Maroaga (Presidente Figueiredo) (AM)
8ª – APA do Lago de Tucuruí (PA)
9ª – Esec da Terra do Meio (PA)
10ª – PES de Guajará-Mirim (RO)
Áreas protegidas sob maior ameaça
1ª – Flona do Aripuanã (AM)
2ª – TI Trincheira/Bacajá (PA)
3ª – TI Waimiri Atroari (AM/RR)
4ª – Flona do Jamanxim (PA)
5ª – TI Baú (PA)
6ª – Parna Mapinguari (AM/RO)
7ª – TI Cachoeira Seca do Iriri (PA)
8ª – TI Trombetas/Mapuera (AM/PA/RR)
9ª – Flona do Iquiri (AM)
10ª – FES do Rio Gregório (AC)
Terras indígenas mais pressionadas
1ª – TI Cachoeira Seca do Iriri (PA)
2ª – TI Waimiri Atroari (AM/RR)
3ª – TI Apyterewa (PA)
4ª – TI Alto Rio Negro (AM)
5ª – TI Karipuna (RO)
6ª – TI Manoá/Pium (RR)
7ª – TI Médio Rio Negro I (AM)
8ª – TI Moskow (RR)
9ª – TI Raposa Serra do Sol (RR)
10ª – TI São Marcos (RR)
Fonte: Imazon
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