Cúpula da Amazônia: taxistas e comerciantes de Belém adaptam comunicação diante de turistas
A Setur estima que cerca de 10 mil pessoas estiveram na capital paraense para participar do ‘Diálogos Amazônicos’ e da Cúpula
A programação da Cúpula da Amazônia trouxe vários visitantes para Belém. Nesta quarta-feira (09), último dia do evento, taxistas e comerciantes comentaram como foi a adaptação para lidar com turistas falando em outras línguas durante os serviços prestados.
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Segundo um levantamento feito pela Secretaria de Turismo do Estado (Setur), ao menos 10 mil pessoas estiveram na capital paraense para participar do ‘Diálogos Amazônicos’ e da Cúpula, que reuniu autoridades nacionais e internacionais. Ana Menezes, proprietária e cozinheira de um restaurante que fica próximo ao local onde ovento ocorreu, conta que vários turistas estiveram em seu estabelecimento. Apesar de não entender alguns dos idiomas falados pelos clientes estrangeiros, Ana deu um 'jeitinho' para se comunicar com eles. "A gente faz gestos, mostramos a comida, mas quase tudo é apontado. Nós vamos falando também, já que tem algumas coisas que eles entendem e assim conseguimos nos comunicar”, explica a proprietária.
Conforme Ana, ela, o marido e os funcionários do local souberam do evento da Cúpula dias antes de acontecer, mas não haviam se preparado para receber os possíveis clientes. Só conseguiram ter uma noção do número de pessoas que iriam procurar o restaurante para se alimentar quando a programação iniciou e, logo pela manhã, o estabelecimento ficou lotado.
“Não tínhamos nos preparado, só organizamos tudo no dia que começou. Vimos o movimento pela manhã, logo cedo e começamos a comprar as coisas para o restaurante, mais alimentos. Quando vimos, várias pessoas chegaram. O fluxo de indígenas comprando aqui também foi muito grande. Gostaria que esse fluxo de pessoas fosse intenso todos os dias, ainda mais que há algumas semanas o movimento tava bem fraco”, conta a cozinheira.
Turistas por toda cidade
Para o taxista José Flexa, foi uma surpresa o tanto de turistas que ele atendeu nos dias do ‘Diálogos Amazônicos’. Ele brinca que para falar com os clientes passou a usar a criatividade. “A gente usa a improvisação e a educação”, diz. Além disso, também teve um grande auxílio de aplicativos de tradução. “Teve espanhol, portugues, inglês e até alemão. A gente hoje tem no celular essa tecnologia para traduzir a nossa conversa”, explica José.
Segundo Antônio neves, que também trabalha em um ponto de taxi, a intensificação de turistas pela cidade acabou influenciando em seu trabalho, pois além de deixar os visitantes estrangeiros em seus destinos pela cidade, ele também teve que ser guia turístico de alguns. “A maioria dos locais para onde eles querem ir são pontos turísticos, Casas das Onze Janelas, Ver-o-peso, restaurantes e hospedagem. A gente indica muitos locais para eles. Estamos trabalhando como taxistas e também guias”, afirma, aos risos.
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