Cruz Vermelha treina voluntários para procissões do Círio de Nazaré

Aproximadamente 6.500 voluntários devem ser treinados para ajudar no Círio

Vito Gemaque

Os voluntários da Cruz Vermelha estão sendo treinados para participar das procissões do Círio de Nazaré deste ano. Aproximadamente 6.500 voluntários devem participar pela entidade para ajudar os devotos e os turistas que chegarão para a maior festa de fé dos paraenses. Os voluntários efetivos que trabalharão como socorristas participaram do treino na tarde do sábado (02), no Instituto de Educação Tecnológica Avançada da Amazônia (IETAAM). As inscrições para novos voluntários seguem até o dia 12 de setembro pelo site https://www.e-inscricao.com/cvbpa/projetocirio23 ou na sede da instituição que fica localizado na R. Arcipreste Manoel Teodoro, 953 em horário comercial.

“Independente se a pessoa tem experiência de treinamento, todos os envolvidos no Projeto Círio todos são obrigatórios. Percebendo a demanda do ano passado, a gente iniciou a demanda e começou o treinamento no dia 22 de julho e ele vai finalizar dia 24 de setembro”, relatou a Thatyana Rocha, membra do departamento de gestão de riscos e desastres e diretora de comunicação social da Cruz Vermelha.

Os treinamentos estão sendo realizados na UNAMA, Parque Shopping ou IETAAM Guamá, aos sábados e domingos no período da manhã ou tarde. Durante a inscrição, o interessado escolhe apenas 1 dia e horário para realizar um treinamento básico de 4 horas. A inscrição está no segundo lote no valor de R$ 50 até dia 12 de setembro com direito ao colete, lanche, seguro de vida e declaração de trabalho voluntário com carga horária para quem precisar. O voluntário pode escolher até o dia 24 de setembro para realizar o treinamento.

Os primeiros socorros básicos são ensinados aos participantes para que saibam agir nos principais incidentes que ocorrem no Círio como desmaios, quedas, lesões por promessas e outros. “Estamos o básico de transporte básico para que eles possam levar os nossos postos de apoio e lá ter o atendimento de saúde. Não é necessário ter conhecimento de saúde, porque estamos ensinando passo a passo para eles fazerem os primeiros socorros e em seguida a gente dá continuidade ao atendimento com o pessoal especializado na saúde”, complementa.

image A Cruz Vermelha está treinando os voluntários para o Círio deste ano. (Carmén Helena / O Liberal)

 

Postos

A Cruz Vermelha está planejando contar com 25 postos no Círio e na Trasladação. A entidade também atuará no transporte dos carros, na Romaria da Juventude, Romaria das Crianças, no traslado de Ananindeua – Marituba e nos Círios dos municípios dos municípios do interior. A Cruz Vermelha também está recebendo doações como materiais hospitalares e de escritório para serem utilizados nesses postos. A entidade também trabalha com a Diretoria da Festa de Nazaré e o Tribunal de Justiça.

O advogado André Roberto, acabou de ser promovido a efetivo dos voluntários da Cruz Vermelha. Ele já havia participado do voluntariado da Cruz Vermelha, mas nunca como efetivo. “O principal em questão de atendimento às vítimas é fazer o isolamento de forma adequada, e também observando ao redor a cena para que a gente que se encontra fazendo o atendimento não acabe se ferindo ou ferindo outras pessoas, que estão ali para ver a procissão. A principal dificuldade é ter que passar essa experiência para as pessoas que estão no projeto Círio pela primeira vez ou que não são efetivos, por conta do nervosismo, do calor, da tensão, tudo o que acontece no momento”, destacou.

Dois pontos críticos das procissões onde mais ocorrem incidentes são no término do Círio com o fechamento dos portões da praça do Santuário, no Círio, e na descida da Presidente Vargas, próximo a Companhia de Docas do Pará (CDP), durante a Trasladação. “Durante o Círio nós temos muitos casos de desmaio, e no ano passado tivemos um índice muito grande de crises de ansiedade, então a gente está tendo um pouco mais de cuidado com essas situações”, conta Thatyana.

Dentre as orientações da Cruz Vermelha para que as pessoas se previnam para não terem nenhum problema durante as procissões são se hidratar e comer bastante para que não sofra nenhum mal durante a procissão. Outra orientação é colocar pulseirinhas em crianças e idosos, para caso se percam possuírem identificação. A própria Cruz Vermelha fará a distribuição dessas pulseiras.

A voluntária Natália Moraes, há 12 anos ajudando as pessoas na Cruz Vermelha, lembra da primeira vez que participou da atividade. “O que mais me marcou foi o primeiro ano que participei, quando eu não era efetiva. Aquele momento da primeira vítima que consegui fazer o transporte até o posto. Parecia em câmera lenta, naquele momento pensei nossa realmente é algo muito diferente, algo que nunca tinha feito e fui muito feliz praticando os princípios expostos no treinamento”. Todos os anos ela volta para o trabalho na entidade pelo sentimento que isso gera. “Eu fico feliz em ajudar as pessoas. Isso me faz uma pessoa melhor, me faz ficar bem. Eu sempre costumo dizer para as pessoas que a Cruz Vermelha em si faz parte de mim”, assegura.

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