Cruz Vermelha faz 477 atendimentos na Trasladação e Círio
A maioria deles foi de desmaio. Mas, houve também casos de fraturas e convulsão
Nas procissões da Trasladaçã, no sábado (8), e do Círio, neste domingo (9), como parte do 230º Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará, os voluntários da Cruz Vermelha Brasileira Pará fizeram um total de 477 atendimentos a pessoas que participaram desses dois momentos de homenagens à santa padroeira dos paraenses.
Foram 227 atendimentos na Trasladação. Essa procissão noturna saiu no final da tarde da frente do Colégio Gentil Bittencourt, próximo à Basílica Santuário de Nazaré, até a Catedral Metropolitana de Belém, no bairro histórico da Cidade Velha. Já no Círio de Nazaré, neste domingo (9), a Cruz Vermelha Brasileira Pará fez 250 atendimentos ao longo do percurso da Catedral Metropolitana em direção à Basílica Santuário.
De acordo com a Cruz Vermelha, a principal ocorrência entre os participantes das procissões foi desmaio. Entretanto, também foram verificados casos de fraturas e de convulsão.
Atendidos
Durante a procissão do Círio de Nazaré, neste domingo (9), pelas ruas de Belém, dezenas de pessoas que desmaiaram ou ficaram feridas durante a romaria foram atendidas pelos voluntários da Cruz Vermelha Brasileira Pará. Somente em um dos pontos de atendimento, localizado na sede do Paysandu, na avenida Nazaré, foram mais de 30 casos registrados. Nenhum deles foi considerado grave.
“Esse ano tinha faca demais”. Essa foi a percepção de Raquel Aguiar sobre o Círio 2022. A voluntária da Cruz Vermelha integrou uma das equipes de socorristas no trecho da avenida Nazaré, entre o final do percurso na avenida Presidente Vargas até a travessa Benjamin Constant. Em determinado momento, os membros da equipe tiveram que fugir da procissão após seguidos tumultos entre as estações 3 e 5 da corda, quando alguns romeiros começaram a tentar cortar partes da corda.
O final da manhã se aproximava, quando a procissão começou a finalizar o trajeto na avenida Presidente Vargas. Foi neste ponto que diversos romeiros tentaram cortar partes da corda. Houve tumultos em diferentes pontos. Muitos fiéis trouxeram consigo objetos pontiagudos já com a intenção de cortar a corda. “Cortaram primeiro a corda na Estação 5. Quando a procissão passou a Presidente Vargas, várias pessoas começaram a tentar cortar a corda. Muita gente trouxe faca de cada só para isso. Houve muita confusão, pessoas pedindo para não cortar, tentando impedir o corte, brigando, tumulto total. Tivemos que correr de lá, não podemos nos meter no meio”, disse Raquel.
A socorrista e mais três voluntários correram até o posto de atendimento da Cruz Vermelha localizado na sede social do Paysandu, na avenida Nazaré. A quadra do clube serviu como espaço para atender aos feridos e desmaiados que chegavam. “Quando a procissão começou a chegar no final da avenida Presidente Vargas, começamos a atender um fluxo grande de pessoas. A maioria teve desmaios, recebendo atendimento e sendo liberada em seguida. Os casos mais sérios, encaminhamos para as equipes do Samu que estiveram de prontidão”, disse Éder Almeida, coordenador do posto
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