Covid-19: 33 crianças e adolescentes morreram com a doença em 2022, no Pará
Apenas em Belém, foram 12 óbitos; Sesma destaca importância da vacinação para esse público
O Pará registrou, no ano passado, 33 óbitos confirmados para covid-19 em crianças e adolescentes, que compreende a faixa etária de 0 a 19 anos, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Saúde do Estado do Pará.
A Sespa acrescentou que, dos 33 óbitos de crianças e adolescentes em 2022, 45,45% foram de crianças que apresentavam comorbidade. A Sespa informou, ainda, que não há informação nos cadastros dos pacientes sobre a situação vacinal deles e que, na época da ocorrência dos óbitos, ainda não havia vacina para crianças na faixa etária de zero a quatro anos.
Apenas em Belém, foram registrados 12 óbitos na faixa etária que vai até 19 anos, no ano passado, informou, nesta terça-feira (17), o diretor do Departamento de Vigilância à Saúde da Sesma, Adriano Furtado.
Segundo ele, o maior número de óbitos ocorreu com crianças de menor idade, até 5 anos. E houve poucas mortes entre os adolescentes. “É importante se vacinar porque essa faixa etária é um número bem representativo quando se verifica o número de casos (e não de óbitos). Nessa faixa etária houve quase 2.500 casos em 2022 em Belém”, afirmou.
Adriano Furtado disse que esse é um número bastante alto, levando em consideração que são pessoas que podem apresentar complicações graves. A covid, explicou, foi a responsável, no Brasil, pelo maior número de óbitos em 2021 e 2022 nessa faixa etária.
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Ele afirmou que já existem várias vacinas disponíveis para essa faixa etária. “Belém já avançou no que se refere à vacinação para essa faixa etária, garantindo a terceira dose para pessoas que têm 12 anos ou mais. E, em relação às vacinas para a faixa etária menor (como Pfizer Baby e outras), a prefeitura aguarda o Ministério da saúde enviar nossas remessas de doses para o município de Belém”, afirmou.
Sobre as mortes registradas em Belém, ano passado, Adriano Furtado disse que esses óbitos ainda estão sob investigação. “Às vezes, o próprio atestado de óbito vem faltando informações, o que dificulta a gente traçar um perfil epidemiológico com relação à morte. Mas, na maioria das vezes, eram crianças que apresentavam comorbidades”, disse.
“A gente teve casos de crianças com menos de cinco anos de idade que morreram em 2022 quando ainda não tinha sido liberada a Pfizer Baby. Era um público que estava descoberto de vacina. Certamente a falta da vacina pode ter contribuído para o óbito dessas crianças”, afirmou.
Alguns casos foram de pessoas que apresentavam comorbidades e a vacinação poderia ter salvado essas vidas. “A vacina tardou muito para chegar para as crianças. É um público importante e que tardou para chegar”, afirmou.
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