Conselho de Segurança Pública cria Medalha Padre Bruno Sechi

Honraria será concedida a pessoas que destacam na defesa dos direitos à vida no Pará

O Liberal

O Conselho Estadual de Segurança Pública (Consep) instituiu a medalha Padre Bruno Sechi, que será destinada a pessoas físicas e jurídicas, que a critérios do plenário do Conselho, sejam merecedoras da honraria por conta de ações em defesa dos direitos à vida.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado do último dia 13 de janeiro. Segundo o Conselho, a medalha reconhece a importância do fundador do Movimento República de Emaús como um defensor dos direitos humanos, em especial de crianças e adolescentes. 

Na opinião da coordenadora executiva do Movimento, Cleici Maciel, a decisão honra a memória de um dos principais ícones da luta pelos direitos humanos em território paraense, já que Sechi morreu em maio de 2020, aos 80 anos - sendo mais de 60 deles dedicados ao cuidado com o próximo.

"Pra nós do Emaus também foi uma surpresa, não participamos da discussão mas consideramos uma justa  e digna homenagem ao nosso fundador, entendemos como necessário manter sua memória viva. Padre Bruno é um ícone na luta pela  dignidade das pessoas em situação de vulnerabilidade, coordenou o Movimento  Nacional de Meninos e Meninas de Rua, Coordenou a Comissão de Justiça e Paz na CNBB. Foi um doas articuladores da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Uma vida inteira dedicada a causa.", afirma ela, ao lembrar que ele também criou o primeiro Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Brasil. 

O italiano Bruno Sechi atuou em várias paróquias da Arquidiocese de Belém. Ele chegou a ser, por exemplo, sacerdote da Paróquia Santa Maria Goreth, no bairro do Guamá e, à época da morte, era sacerdote da Paróquia São João Paulo II, no bairro do Curió-Utinga. 

Em 2021, a vida e obras sociais dele ganharam um espaço especial, o Memorial Padre Bruno Sechi,a chaminé localizada na rua Municipalidade, dentro da academia Companhia Belém, e conta com documentos, fotografias e registros pessoais que contam a história de ativismo dele em Belém do Pará. O local funciona de segunda a sexta, de 9h às 20h; aos sábados, de 8h às 16h; e aos domingos e feriados, de 9h às 14h - sempre com entrada é gratuita.

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