Outeiro: Consumidores reclamam de preços caros e comerciantes citam dificuldades

Distribuidores alegam dificuldades para realizar entregas em Outeiro

Fabyo Cruz
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Após três semanas do incidente que provocou a queda de um dos pilares da ponte Enéas Martins, que dá acesso ao distrito de Outeiro, em Belém, comerciantes da Ilha continuam se queixando da lentidão de abastecimento de alimentos e outros gêneros de primeira necessidade. Segundo eles, os principais distribuidores encontram-se distantes da Ilha e alegam dificuldades para realizar as entregas.

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“Eu oro todos os dias para essa situação acabar”, diz Márcio Vasconcelos, gerente de um mercado localizado no bairro Água Boa, em Outeiro. Ele afirma que apesar dos esforços das autoridades, os comerciantes locais precisam se virar como podem para atender o distrito que possui quase 80 mil habitantes.

Donos de mercados locais precisam encontrar alternativas para que não faltem produtos nas prateleiras

“Chegamos a ter uma reunião dos comerciantes com a Agência Distrital para definir um horário que fosse melhor para os caminhões fazerem a travessia na balsa, mas a demora continua a mesma. Já fiquei horas esperando para atravessar com alimentos perecíveis e não tive a compreensão dos agentes que fazem a organização na travessia”, afirmou Vasconcelos.

Com algumas empresas distribuidoras se negando a abastecer o mercado na ilha, os comerciantes precisaram buscar outras alternativas para repor as mercadorias e não perder a clientela.

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“A nossa sorte é que nós temos um caminhão para buscar quando os distribuidores não querem entregar, agora os colegas dos outros mercados que não possuem esse recurso é quem devem estar sofrendo mais com certeza. O frete é muito caro para trazer esses produtos é bastante caro, então o comerciante acaba perdendo dinheiro”, comentou.   

Itens de primeira necessidade ficaram mais caros

Segundo Márcio, além dos frios, o arroz e feijão são os produtos mais afetados pela dificuldade de entrega, consequentemente, acabam tendo seus preços modificados. A consumidora Dayse Silva, 39 anos, moradora do bairro Água Boa, colocou o açúcar e a bolacha na lista dos produtos que encareceram nas últimas semanas.

“Antes você ia ao supermercado e comprava o açúcar a R$ 3,40 e agora ele está quase R$ 4. Já a bolacha era R$ 3 e agora é quase R$ 5. Está muito complicado desse jeito!”, afirmou.

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