Clínica de Psicologia da UFPA oferece atendimento gratuito; saiba como ter acesso
A prioridade é atender pessoas de baixa renda da comunidade; atendimento ocorre de terça a sexta, em Belém
A Clínica de Psicologia da Universidade Federal do Pará, em Belém, oferece serviço gratuito à comunidade. Os atendimentos são realizados por psicólogos, uma assistente social e uma psiquiatra. Há, também, a modalidade de acolhimento, que são aqueles atendimentos mais urgentes, que não são psicoterapia, mas que também não precisam de agendamento.
“Qualquer pessoa da comunidade pode procurar o serviço de terça a sexta-feira, que será acolhido na sua demanda e, posteriormente, nós daremos os encaminhamentos”, disse a psicóloga Paula Carvalho, coordenadora administrativa da clínica, onde também atua como psicoterapeuta.
A clínica prioriza o atendimento das pessoas de baixa renda da comunidade. Além da equipe técnica, o atendimento também é feito por turmas de estágio. “Então a gente consegue atender um público bastante grande”, afirmou. Ela explicou que a saúde mental tem um papel primordial em nossas vidas. "Ela (saúde mental) que vai nos ajudar a nos organizar no mundo. A gente está diante de uma epidemia de muitos transtornos, principalmente ansiedade e depressão", afirmou.
"É importante que a gente fique atento às mudanças que ocorrem, aquelas situações no dia a dia que nos deixam mais agitados, que nos provocam sofrimento a mais. A gente precisa conseguir identificar quando é que os nossos pensamentos, os nossos comportamentos estão desorganizados. E, quando a gente vai tentando resolver e não consegue, é um sinal de que você precisa realmente de ajuda profissional", acrescentou.
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Sobre o tabu em relação a esse tema, a psicóloga Paula Carvalho comentou o seguinte: "Um exemplo que nós, psicólogos, gostamos de dar em relação a esse tabu todo é assim: ninguém chega para falar para uma pessoa que é hipertensa que ela precisa parar de tomar medicação, que ela precisa ter força de vontade pra não ser hipertensa. Então é uma condição do corpo. Quando a gente fala de transtornos mentais, a gente está falando também de uma modificação corporal. É preciso ter essa compreensão de que as doenças mentais são também doenças que fazem parte do nosso corpo".
A universitária Vitória Alexandra, 23 anos, disse que cuida da saúde mental praticando ciclismo e musculação. “Eu também converso com bastante pessoas. Então, assim, me sinto bem mentalmente”, contou. Ela afirmou que, quando está sobrecarregada com tarefas universitárias, o olho treme. Vitória disse que, quando não faz atividade física, sente-se com a autoestima baixa.
O também universitário Luan Carvalho, 24 anos, contou que não cuida da saúde mental. “Tenho vontade, mas falta interesse para ir atrás” afirmou. Luan disse que tem muita crise de ansiedade. “Isso ocorre quando algo não dá certo ou quando fico esperançoso demais por alguma coisa. Até febre eu tenho”, contou. Nessas horas, ele procura ficar sozinho.
Fabrício Reis, 23 anos, afirmou que, profissionalmente, não cuida de sua saúde mental. “Mas eu sempre procuro me entender pra ver quando eu tô bem, quando eu não tô legal, pra ver o que eu posso fazer pra sempre estar o melhor possível”, contou. Nesses momentos, ele procura pessoas que lhe fazem bem. “Alguém para desabar ou tirar um tempo sozinho mesmo para relaxar a mente”, afirmou. Ele disse que já pensou em fazer terapia. “Mas não é tão acessível como deveria ser”, contou Fabrício, que é estudante de Publicidade e Propaganda e já atua na área.
Serviço:
A Clínica de Psicologia da UFPA funciona de terça a sexta-feira, de 9 às 11 e de 14 às 19 horas.
A pessoa pode procurar diretamente o serviço de acolhimento da clínica. Também pode acessar a página no Instagram: @clipsiufpa, onde tem os contatos necessários. A clínica fica na rua Augusto Corrêa, nº 01, Guamá - Campus Universitário.
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