Bolo de rolo amazônico traz temática do Círio e conquista paraenses
Celebrar o Círio com um produto que encanta não apenas pelo sabor, mas, também, carrega todo o simbolismo da festa é proposta da receita
A confeitaria é uma arte que ganha novas técnicas a todo momento. Em períodos de festividades, como o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, esse ramo da culinária ganha ainda mais destaque. A gastróloga Nalva Avertano-Rocha, 46 anos, que também é bacharel em Direito, criou o bolo de rolo amazônico, que além de incorporar ingredientes típicos da Amazônia, como cupuaçu e castanha-do-Pará, traz um toque artístico, com a aquarela de Nossa Senhora pintada por Celeste Heitmann, que agrega ainda mais encanto e significados.
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Nalva explica que essa receita nasceu da vontade de homenagear a rica biodiversidade e cultura da região amazônica. “Ao combinar ingredientes típicos da Amazônia, como cupuaçu e a castanha-do-Pará, decidi trazer a alma da floresta para uma receita tradicional. Esse bolo é uma celebração dos sabores únicos da nossa terra, traduzindo em cada camada o encanto da Amazônia”, explica a profissional.
Mas ela explica que o toque especial veio com a contribuição da artista plástica Celeste Heitmann, que pintou uma aquarela exclusiva de Nossa Senhora para o Bolo de Rolo Amazônico. “Sua arte conferiu um encanto ainda maior às camadinhas de amor, transformando o bolo de rolo em uma verdadeira obra-prima que une a arte visual à arte gastronômica. Essa colaboração trouxe uma profundidade espiritual e estética ao bolo, tornando-o não apenas um presente ao paladar, mas também aos olhos e à alma, oferecendo uma fusão de sabores regionais. Isso confere ao bolo um caráter especial e uma identidade própria, conectando a tradição com os sabores exóticos da nossa terra”, acrescenta Nalva.
A principal diferença entre um bolo tradicional e o bolo de rolo amazônico está na técnica e nos ingredientes. A gastróloga explica que o bolo tradicional, comum em muitas regiões, geralmente possui uma massa mais espessa e um recheio mais simples, como brigadeiro ou frutas. Já o bolo de rolo é conhecido por suas finíssimas folhas de massa enroladas com precisão, criando várias “camadas de amor”, que dão uma textura delicada e sabor único.
Nos últimos cinco anos, a profissional tem preparado uma campanha emocionante e dedicada para essa época do ano. Ela destaca o Círio de Nazaré como um momento de fé e devoção, e isso se reflete no aumento da procura pelos bolos. A cada ano a demanda cresce, pelo que ela só agradece, a Deus, a São Miguel Arcanjo e à Nossa Senhora de Nazaré.
"A campanha é planejada e traz sempre algo novo e significativo, para que as pessoas possam celebrar o Círio com um produto que não apenas encanta pelo sabor, mas também carrega todo o simbolismo da festa. O bolo de rolo amazônico, com a aquarela de Nossa Senhora, tem sido um grande sucesso, e é lindo ver como ele toca as pessoas, unindo tradição, arte e fé", diz Nalva.
A gastróloga aproveita para indicar a iguaria para o almoço do Círio, que pede algo especial exatamente por ser um momento de reunião, de congraçamento, de afeto. Seja no almoço, na Trasladação ou no café da manhã, ela garante que o bolo de rolo amazônico traz um toque de doçura e delicadeza que combina perfeitamente com a atmosfera de celebração e fé desse período. É uma sobremesa que carrega camadas de história e carinho, algo que faço com muito amor para que cada fatia traga um sabor inesquecível. “Para mim, não há sobremesa que celebre melhor essa ocasião tão especial”, reforça.
A jornada da gastróloga começou quando ela decidiu transformar a paixão pela cozinha em carreira. Desde sempre, cozinhar é o que lhe proporciona a sensação de realização e uma conexão profunda com suas raízes. “A confeitaria, em especial, me conquistou pela sua delicadeza e pela possibilidade de criar algo que, além de encantar o paladar, toca o coração das pessoas. Há cinco anos que estou nessa trajetória, e a cada novo bolo de rolo, sinto que estou contando uma história através das minhas mãos”, se emociona.
Para Nalva, a arte de cozinhar vai além da técnica. É uma forma de expressão, onde os ingredientes se unem para transmitir sentimentos. Cada receita é como uma obra de arte efêmera, que se completa no instante em que é apreciada.
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