Bloco "Império Romano" reúne milhares de foliões no primeiro grito de carnaval em Belém
Com fantasias de personagens romanos, os brincantes relembram como era festejado o período natalino antes da era Cristã
O esquenta para o carnaval em Belém foi em clima de Natal, nesta terça-feira, 25, no primeiro grito para a folia. No bairro do Umarizal, o arrastão do bloco Império Romano, que sai às ruas sempre nesta data natalina, com fantasias de personagens romanos, reuniu milhares de pessoas em sua 49ª edição.
Embalados pela bateria da escola de samba Rancho Não Posso Me Amofiná e pela Galinha do Ramalho, símbolo do bloco, os foliões se concentraram na Travessa Soares Carneiro com a Rua Municipalidade e saíram, por volta das 16h, seguindo pela Travessa Dom Pedro I, Avenida Generalíssimo Deodoro, avenidas Antônio Barreto e Visconde de Souza Franco, encerrando o trajeto na Marechal Hermes, próximo ao Terminal Hidroviário de Belém.
De acordo com Neto Cabral, um dos organizadores do bloco, a tradição de quase cinqueta anos relembra como o Natal era festejado pelos romanos antes da chamada era Cristã, mostrando a tradição pagã. Naquela época, romanos de todas as classes sociais comemoravam o dia 25 de dezembro com banquetes.
"Começamos com poucas pessoas. Hoje temos uma irmandade onde várias pessoas ajudam a organizar. Também contamos com a presença do trio Tonhão, da furiosa charanga do Império e de uma banda de fanfarra. Constumamos reunir cerca de 35 mil foliões, sempre nesta data de Natal", explicou Neto.
ESPARTA
Cerca de 20 foliões do bloco "Sobreviventes de Esparta" acompanham o arrastão do Império há mais de dez anos. Eles participam a caráter com vestimentas, armaduras e utensílios dos antigos gregos. Segundo Mário Silva, um dos brincantes deste bloco, o objetivo sempre foi manter uma identidade diferenciada ao longo do percurso.
"Eu fui o responsável por adaptar uma bicileta para ser uma biga, que era um carro de guerra de duas rodas usado pelos espartanos. Nós usamos como open bar neste arrastão. Também confecciono as nossas armaduras. A ideia é lembrar toda essa identidade deles", detalhou Mário.
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