Belém terá carnaval no segundo semestre na Bienal das Artes, confirma prefeitura
O formato da participação carnavalesca será como cortejo cultural, diferente do carnaval tradicional com desfiles das escolas e disputa entre as agremiações
A Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), confirmou a realização do Carnaval 2022 no segundo semestre. No entanto, a celebração irá acontecer no contexto da 1ª Bienal das Artes - evento com exposições, apresentações, palestras, visitas guiadas em diversos espaços da cidade -, que está prevista para ocorrer em setembro deste ano. De acordo com Fernando Guga, diretor de carnaval e representante das Escolas de samba Associadas (ESA), o formato da participação carnavalesca será como cortejo cultural, diferente do carnaval tradicional com desfiles das escolas e disputa entre as agremiações.
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"O prefeito já anunciou que as escolas de samba irão participar da Bienal, que é a contrapartida do pagamento da subvenção [apoio financeiro concedido às escolas inscritas no Concurso oficial da prefeitura de Belém] que ele anunciou que seria integral. Claro que não vai ser o carnaval tradicional, com fantasias, alegorias e a disputa mesmo. A gente com certeza vai fazer um cortejo cultural. As escolas devem levar seus casais de mestre-sala e porta-bandeira, suas baterias, mas não no formato de disputa", esclareceu.
Guga destaca que a comunidade dos bairros, os carnavalescos, todos estão felizes com a notícia, pois o carnaval de Belém não é feito de um dia de desfile. A comunidade vive e trabalha o carnaval o ano todo.
"Carnaval é uma construção cultural que dura o ano todo, desde o momento que é pensado o tema que a escola levará para a avenida. Como esse tema se transforma em enredo, que é a literatura, parte escrita do carnaval. Como o carnavalesco irá conceber aquele tema. Começam os ensaios da bateria. Edmilson teve essa sensibilidade, compreensão, que carnaval não é apenas uma noite de desfile, envolve uma comunidade, emprega muita gente e garantiu o pagamento integral da subvenção", ressaltou o diretor.
O carnavalesco desejaque a população que não é foliã ou que não faz parte das comunidades diretamente envolvidas, que possam compreender que o carnaval para esses grupos vai além de manifestação cultural, porque gera empregabilidade e fomenta debates necessários à atualidade, pondera.
"A gente tem trabalhado incansavelmente para passar a sociedade, em especial, quem não é folião, a mensagem para que compreendam o papel social e econômico do carnaval. Ele gera emprego, renda e sonhos. Cada enredo que é construído conta uma história, abre um debate, polemiza, estimula a pensar. Cada bateria de escola de samba tem em média 200 ritmistas, são artistas que participam desse processo cultural. É um envolvimento muito grande da comunidade dos bairros, principalmente da juventude. Você pode não gostar de carnaval, mas você tem que compreender esse envolvimento cultural e econômico que o carnaval proporciona a cidade", disse.
Questionado sobre o carnaval 2023 aos moldes do tradicional desfile das escolas de samba, competição, Guga afirma que todos estão alinhados e na expectativa do próximo ano, mas, sobretudo, estão felizes com o cortejo cultural do segundo semestre. "Sobre o carnaval 2023, é uma construção que dura o ano todo. Como todas escolas já tinham lançado seus enredos, samba enredo, em um ritmo de ensaio, então, estão todas afinadas para em 2023 fazer um grande carnaval. No formato tradicional. Para a Bienal [deste ano], certamente será um cortejo cultural", finalizou.
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