Belém tem 125 áreas com risco de inundação, alagamentos e deslizamentos de encostas

Conforme o mapeamento feito pelo Serviço Geológico do Brasil-CPRM, do Ministério de Minas e Energia, 76 áreas possuem risco de inundação e alagamentos e 49 áreas têm risco de erosão costeira

Fabyo Cruz
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A capital paraense apresenta 125 áreas de risco geológico alto e muito alto, sendo 76 áreas com risco à inundação e alagamentos e 49 áreas de risco à erosão costeira, conforme um mapeamento, realizado entre os meses de fevereiro e setembro de 2021, pelo Serviço Geológico do Brasil-CPRM, do Ministério de Minas e Energia. Juntas essas regiões correspondem a uma população estimada em torno de 172.815 pessoas. A Prefeitura de Belém, por meio da Defesa Civil, realiza monitoramento.

O mapeamento além de subsidiar a tomada de decisões assertivas relacionadas às políticas de ordenamento territorial e prevenção de desastres, serve também como subsídio para definição de critérios e disponibilização de recursos federais, destinados ao financiamento de obras de prevenção e resposta a desastres. Ao todo, foram mapeados pontos em 27 bairros da capital, além dos localizados nos distritos, como o bairro Maracacuera, em Icoaraci, e o Brasília, em Outeiro.

Áreas de risco à inundação e alagamentos

Conforme as informações apresentadas no relatório do CPRM, as áreas de risco à inundação e alagamentos estão relacionadas à ocupação e aterramento  das planícies de inundação dos rios e igarapés, bem como a canalização destes, que  cortam a área urbana de Belém, processo que se apresenta desde o início da formação histórica da cidade e agravado pela falta de planejamento urbano e ausência de fiscalização em áreas que são proibidas por lei para ocupação.

Algumas dessas áreas estão localizadas nas bacias hidrográficas do Tucunduba e Estrada Nova, as quais estão inseridas em projetos de macro e micro drenagem, atualmente sendo executados pelo governo estadual e prefeitura municipal, o que no futuro pode reduzir ou erradicar o risco associado a estes setores, devendo-se fazer uma nova avaliação das regiões quando os projetos forem concluídos.

Áreas de risco à erosão costeira

Já as ilhas de Mosqueiro, Outeiro, Cotijuba e Combu foram identificadas como áreas de erosão costeira. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, essas áreas estão associadas ao recuo das margens, decorrentes da ação  combinada de maré, onda, vento, chuvas intensas e da desordenada ocupação das margens das ilhas, que envolvem ocupação do topo da falésia, ou seja, do relevo litorâneo. e também das praias estuarinas, localizadas em ambiente aquático de transição entre um rio e o mar.

O  CPRM constatou que as áreas de risco mapeadas podem ser  acentuadas e outras podem surgir caso a prefeitura de Belém não coloque em prática programas de fiscalização que dificultem o avanço da urbanização em áreas  impróprias no município e que verifiquem os procedimentos de construção de novas  moradias.

Defesa Civil de Belém monitora os riscos

A Comissão de Defesa Civil de Belém informou que provocou o Serviço Geológico do Brasil-CPRM para realizar o levantamento.  "A solicitação foi feita em caráter emergencial, considerando o período de maior incidência de chuvas, entre os meses de janeiro a junho, que coincide com os períodos de marés altas mais elevadas (marés de sizígia). A duplicidade desses eventos naturais acarretou em diversos eventos de enchentes e alagamentos no município ao longo da última década, causando inúmeros prejuízos materiais, patrimoniais e de vidas", ressaltou a presidente da Comissão de Defesa Civil de Belém, Christiane Ferreira.

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