Belém reduz cerca de 70% casos de dengue nos seis primeiros meses de 2022

Em entrevista concedida ao jornal O Liberal, Mara Costa, coordenadora do Programa de Controle da Dengue da Sesma, fala sobre dados, desafios e estratégias da pasta para o combate a doenças transmitidas por mosquitos no município

Fabyo Cruz
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A espécie de mosquito que causa mais problemas de saúde em Belém é o Aedes Aegypti, transmissor de doenças como a dengue, a febre amarela, a chikungunya e o zika vírus. Em entrevista concedida ao jornal O Liberal, Mara Costa, coordenadora do Programa de Controle da Dengue da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), deu informações sobre dados, desafios e estratégias da pasta para o combate a doenças transmitidas por mosquitos no município.

 

Quais os tipos de mosquitos que mais oferecem riscos na realidade de Belém?

 

Quem mais nos causa problemas é o Aedes Aegypti. Mas nós também tivemos recentemente problemas com a malária, doença transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. Ele ainda está sendo combatido com averiguações e trabalhos de combate, mas o Aedes Aegypti é quem mais nos dá trabalho o ano todo.

 

Existe algum um período do ano em que eles aparecem mais ou que alguma espécie é mais presente?

 

No período chuvoso. o Aedes Aegypti é o que mais sobressai em qualquer lugar que tenha água, é um combate direto, sempre, independente de época. Mas no período chuvoso é onde precisamos ter mais atenção por conta da chuva e do lixo descartado irregularmente.

 

Como está a situação das doenças causadas por mosquitos em Belém? Alguma delas tem tido aumento de casos?

 

Em 2022, nós tivemos 159 casos confirmados de dengue, nas 22 primeiras semanas deste ano. Em 2021, houveram 535 casos confirmados, apontando redução de cerca de 70% dos registros. De chikungunya tivemos seis casos até o momento, e nem de zika vírus.    

 

Quais as ações da Sesma de combate a essas doenças?

 

As ações são diárias com a visita dos agentes que visitam casa a casa, orientando o morador como deve deixar o seu quintal, até mesmo dentro da residência, evitar o acúmulo de água e de lixo, onde os mosquitos se proliferam. Também temos a programação com a equipe de educação e saúde que vai às escolas, quando há casos suspeitos fazemos o bloqueio no quarteirão, para evitar que mais pessoas fiquem doentes.    

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Existe alguma campanha onde as ações da Sesma se intensificam?

 

Nós temos campanha em dezembro, é uma campanha de combate a dengue. Nesse mês as ações são voltadas mais para a população na questão da propagação de orientações para prevenção da proliferação do mosquito.  

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