Belém: rede de saúde municipal sofre com falta crítica de remédios e insumos
Nota divulgada pela PMB nesta terça (22) evidencia a dificuldade de atender a população
A rede municipal de saúde de Belém está com falta de medicamentos e insumos. A situação foi reconhecida em nota, publicada na tarde desta terça-feira (22), pela própria Prefeitura de Belém, que considera a situação como "crítica". A capital paraense é citada em recente pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Na pesquisa, foram identificadas faltas de itens básicos, que iam de remédios que podem ser comprados em farmácias a preços baixos e produtos como gaze e seringas.
A CNM sugeriu às prefeituras, que alegaram problemas de insuficiência de medicamentos, que pudessem elencar os tipos de remédios em falta. Os produtos compõem a lista básica de uma relação pré-estabelecida na pesquisa. Nesse contexto, a falta de amoxicilina (antibiótico) foi apontada por 68% (1.350) dos municípios. A ausência de Dipirona (anti-inflamatório, analgésico e antitérmico) na rede de atendimento municipal foi apontada em 65,6% das respostas (1.302 cidades).
A escassez de dipirona injetável foi relacionada por 50,6% dos municípios pesquisados, e da prednisolona — utilizada no tratamento de alergias, distúrbios endócrinos e osteomusculares, bem como de doenças dermatológicas, reumatológicas, oftalmológicas e respiratórias — indicada por 45,3% das cidades. A maioria dos gestores (44,7%) informou que a falta dos medicamentos costuma se estender por um período que varia de 30 a 90 dias, enquanto 19,7% relataram que o problema já se tornou crônico, ultrapassando os 90 dias.
Além da falta de medicamentos, a CNM questionou as gestões municipais de saúde sobre a falta de insumos — seringas, gazes, agulhas e ataduras. Esses materiais, de uso único e de descarte total, estão relacionados com o cuidado de baixa complexidade. Gestores de 28,5% das cidades mencionaram a falta de pelo menos algum desses insumos.
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