Aromaterapia: conheça o método terapêutico com óleos essenciais que podem ajudar contra a ansiedade
Por meio dos óleos essenciais, são transportados no ar diversos compostos voláteis e biológicos que pode ajudar no combate à insônia, estresse e fortalecer a imunidade
O poder dos aromas vai muito além do frescor e da sensação agradável que proporcionam aos ambientes. Eles também podem ser usados como um método terapêutico: esse é o caso da aromaterapia, um tratamento que se apropria da capacidade do poder olfativo e dos compostos das plantas para promover bem-estar e saúde, como aponta a aromaterapeuta Gabriela Coelho, de Belém. O método terapêutico vem ganhando muitos adeptos. Por meio dos óleos essenciais, são transportados no ar diversos compostos voláteis e biológicos que estão presentes em altas concentrações nas plantas e flores.
VEJA MAIS
No Brasil, a aromaterapia já faz parte das Práticas Integrativas e Complementares utilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conforme pontua Gabriela. Ela explica que o método impacta positivamente nas questões físicas e emocionais, já que a liberação dessas substâncias naturais promove diversas reações fisiológicas, fazendo com que alguns quadros sejam amenizados.
“Os benefícios são os estímulos sensoriais que essas moléculas dos óleos essenciais provocam e trazem diversos convites ao corpo: um convite para relaxamento, para dormir. Então, é como se o efeito deles induzissem o seu comportamento. Por meio dos aromas, como eles causam estímulos sensoriais e elétricos no cérebro, eles trazem vários tipos de efeito que cada óleo essencial dá”, explicou
Como a aromaterapia funciona?
Não à toa a aromaterapia é buscada, em grande maioria, por pessoas que buscam amenizar os sintomas do estresse, ansiedade e insônia. “Nós temos óleos essenciais que tem o fator ansiolítico. Podemos citar a bergamota e laranja doce. Mas tem pessoas que precisam de outros óleos essenciais em conjunto para que o efeito seja mais satisfatório com elas. Esses óleos eles ativam a área do cérebro que provoca um efeito relaxante, acalma, e traz uma sensação de segurança”, explicou Gabriela.
Além disso, as composições dos óleos refletem em diversos estímulos, como aumento da imunidade e energia; melhora do humor; estímulo da memória; e alívio das dores de cabeça. Entre outras funções dos óleos: anti-estresse, analgésico, expectorante e descongestionante, equilibrador hormonal feminino, relaxante muscular e emocional, além de promover um efeito anti-oxidante.
A forma mais utilizada da aromaterapia é via inalação dos óleos — ao contrário dos Florais de Bach que são consumidos oralmente. “Ele [óleos essenciais] pode ser inalado por meio de um colarzinho pessoal, que é um um colar aromático em difusores de ambiente ou na forma de perfumes terapêuticos. Nos difusores de ambiente pode ser usado um umidificador. E precisa ser umidificador que não tenha filtro, que seja ultrassônico, o mais adequado para receber óleos essenciais”, ressaltou a aromaterapeuta.
“As outras formas de uso podem ser em contato com a pele, mas sempre diluído de forma adequada para proteger a pele, porque existem alguns óleos que irritam e queimam. Se usa na forma de massagens, formulações estéticas e cosméticas, máscaras faciais, banhos de assento e emplastros. Mas tudo depende da indicação do profissional terapêutico e o objetivo da questão envolvida”, destacou.
Quem pode realizar a aromaterapia?
O método terapêutico deve ser realizado somente por aromaterapeutas especialistas que, a partir de uma uma análise responsável e adequada irão orientar, individualmente, cada pessoa sobre como seguir com a terapia. “Dependendo dessa anamnese, a gente indica a aromaterapia para questões emocionais e físicas. E a gente não pode esquecer que o uso inadequado ou exagerado dos óleos essenciais pode gerar intoxicação, queimaduras e alergias”, alertou a aromaterapeuta.
Gabriela frisa que, não é porque a aromaterapia é um método natural que não há contraindicações: “grávidas, crianças menores de três anos, idosos, pessoas com epilepsia, cardíacos, asmáticos, pessoas com síndrome e que tomam medicamentos”. Isso porque existe a possibilidade de uma reação adversa nas pessoas, por conta da interação medicamentosa entre o óleo essencial e o remédio.
“Essas pessoas precisam passar pela avaliação do aromaterapeuta e do médico para que, juntos, terapeuta e médico, decidam se elas podem utilizar ou não a aromaterapia. Se vai ajudar ou não. O medicamento é um composto isolado de alguma planta ou alguma substância e eles isolam aquela molécula para fazer o medicamento. O óleo essencial é um conjunto de moléculas e pode haver um que interaja com esse medicamento, potencialize ou que ele anule o medicamento”, explicou Gabriela.
Benefícios reais da aromaterapia
A arquiteta Ana Carmen Chada, de 24 anos, começou a fazer uso dos óleos essenciais há quase um ano para tratar a insônia e ansiedade. Inicialmente, a paraense conheceu o tratamento natural pela própria internet enquanto buscava formas de solucionar os problemas que estava sentindo. “Tive orientação de uma profissional para iniciar e sigo até hoje tendo”, afirmou.
Com o uso contínuo dos óleos, Ana Carmen passou a ter qualidade de vida, conseguiu diminuir o uso de remédio, e principalmente melhorou o humor e o sono. A arquitetura explicou que costuma inalar a essência no dia-a-dia ou no difusor recomendado.
“Nos dias que me sinto para baixo, sem ânimo, entra a aromaterapia para me ajudar a ficar bem. Agora tenho qualidade de sono e somente dores pontuais, como musculares, em decorrência da academia”, complementou a arquiteta, acrescentando que pessoas próximas começaram a aderir também por poder vê-la se sentindo tão bem.
Quais são os principais óleos essenciais usados e seus principais efeitos?
- Óleo essencial de alecrim: restaura energia e equilibra o humor. Além de estimular a memória, ele é indicado para quem estuda, porque ajuda o estudante a ter foco;
- Óleo essencial de Bergamota: tem propriedade antidepressiva, alivia tensão e ajuda na ansiedade;
- Óleo essencial de capim limão: pode ser usada para amenizar a dor, ajuda controlar a ansiedade e usado como relaxante;
- Óleo essencial de eucalipto: usado para problemas respiratórios, por ser antisséptico e expectorante;
- Óleo essencial de gerânio: ajuda a equilibrar os hormônios femininos, bastante utilizado na famosa TPM, a Tensão Pré Menstrual, também usado por mulheres na menopausa;
- Óleo essencial de menta piperita: ajuda a combater a má respiração; aliviar tosses, sinusites, dores de cabeça, enjoos;
- Óleo essencial de laranja doce: serve como relaxante muscular e emocional, muito usado para redução de celulite e retenção de líquido;
- Óleo essencial de lavanda: função sedativa, auxilia no sono, age como relaxante e também ajuda nas dores de cabeça e muscular;
- Óleo essencial de limão: tem função diurética, antioxidante e ajuda no sistema imunológica.
(Com colaboração de Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA