Após quatro anos paradas, obras do Viver Pratinha serão retomadas com previsão de entrega em 2026
Serão R$ 42 milhões para o término das 768 unidades habitacionais do residencial que abrigarão 3 mil pessoas

O Ministério das Cidades assinou a autorização para a retomada oficial das obras do Residencial Viver Pratinha, em Belém, empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Após quatro anos de paralisação e ocupação irregular, as 768 unidades habitacionais do tipo apartamento serão concluídas e entregues às famílias beneficiárias em 2026.
A decisão foi anunciada durante uma visita técnica do secretário nacional de Habitação, Augusto Rabelo, que inspecionou o estado de degradação do residencial. O local foi invadido em setembro de 2021, quando as obras estavam 99% finalizadas e os imóveis prestes a serem entregues. Com a ocupação, a infraestrutura interna e externa sofreu vandalismo e saques, como o furto de pisos, portas, janelas, tomadas, telhas, pias, vasos sanitários e cabos elétricos. A reintegração de posse foi realizada em 2024 por meio da Caixa.
Agora, o investimento de R$ 42 milhões permitirá a recuperação das moradias e a entrega às famílias da Faixa 1 do MCMV, que possuem renda mensal bruta de até R$ 2.640. O residencial é composto por 48 blocos de prédios de quatro andares, totalizando mais de três mil beneficiados.
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Acompanhado do secretário municipal de Habitação, Hamilton Pinheiro, do secretário executivo de Habitação, Lucas Lazera, e de representantes da Caixa no Pará, Augusto Rabelo assegurou o compromisso do governo federal em retomar obras inacabadas. “A gente está cumprindo, junto com a Caixa, que é nossa grande parceira, a determinação do presidente Lula e do ministro Jader Filho, de não deixar nenhuma obra parada. As obras que estavam paralisadas por diversos motivos, desde muitos anos atrás, agora estamos pegando, uma por uma, e fazendo essa retomada”, afirmou Rabelo.
Ele também ressaltou o avanço das entregas no estado. “O Pará é a prova disso, de que a gente vai avançar e não deixar nada para trás, retomando todas e entregando para a população. Além do investimento recorde que estamos fazendo em habitação por todo o país, já retomamos as obras de mais de 10 mil unidades habitacionais que estavam paralisadas só aqui no estado e solucionamos problemas em muitas outras. No total, estamos falando de dezenas de milhares de pessoas que serão beneficiadas por estas moradias no Pará como um todo”, disse.
A Prefeitura de Belém reforçou a parceria com o governo federal para reduzir o déficit habitacional da cidade. “Tratamos as habitações de interesses social como prioridade. Entregamos o Viver Outeiro com 1.008 unidades habitacionais, o Viver Mosqueiro também está em andamento com previsão de entrega para este ano e, agora, retomamos o Viver Pratinha, que também vai beneficiar muitas famílias”, disse Hamilton Pinheiro.
Lucas Lazera destacou a importância da retomada do projeto. “Temos muitas entregas aqui, projetos em andamento, novos projetos em elaboração. O Viver Pratinha é um divisor de águas na vida dessas 768 famílias que vão ser abrigadas aqui, além de ser mais moradias em Belém”, declarou.
Com a autorização assinada, a Caixa e a construtora responsável definirão os próximos passos, entre eles a avaliação estrutural do residencial e o cronograma de conclusão das obras.
Projetos habitacionais
Além do Viver Pratinha, a comitiva do Ministério das Cidades visitou as obras do Residencial Pouso do Aracanga, em Ananindeua, onde 1.344 moradias estão sendo construídas para famílias em situação de vulnerabilidade social. O empreendimento, contratado em 2013, foi retomado em 2023 e passou por adaptações para solucionar problemas estruturais decorrentes do abandono e de ocupações irregulares.
O secretário Augusto Rabelo falou sobre o progresso do projeto. “Aqui são 1.344 unidades, 12 anos esperando, mais de R$ 150 milhões em investimento do Governo Federal e esse empreendimento estava abandonado, paralisado e depredado. Estamos aqui para fazer o acompanhamento contínuo para ver como está o andamento da obra. Evoluiu bem. Muitos itens que estavam danificados, depredados ou foram retirados já estão aqui novamente colocados, como janelas, telhados e escadas. O panorama aqui é otimista, com o plano de entregar ainda este ano o empreendimento com a presença do ministro Jader, do governador Helder e do presidente Lula”, disse ele.
O prefeito de Belém, Igor Normando, reforçou o compromisso com a habitação popular. “São anos de espera que estão chegando ao fim, resultado de muito trabalho e da parceria com o Governo Federal”, comentou.
As obras do Residencial Pouso do Aracanga devem ser concluídas até 2026, beneficiando mais de três mil pessoas. Os apartamentos contarão com dois quartos, sala, copa-cozinha, banheiro social, área externa e estacionamento.
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