Após ter afundado, flutuante do trapiche de Icoaraci deve ser consertado até sexta
De acordo com a Seurb e com a Cooperativa dos barqueiros da Ilha de Cotijuba, não houve feridos diante do ocorrido na manhã desta quarta
Após ter afundado no início da manhã desta quarta (30), o flutuante do trapiche de Icoaraci, distrito de Belém, deve ser reformado e liberado até sexta (02). A previsão é da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), que garantiu que não houve acidentes com passageiros em decorrência do ocorrido.
A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) informou que, por causa do problema, o serviço da linha municipal foi suspenso temporariamente, para garantir a segurança dos usuários. Entretanto, a travessia continua sendo realizada pelos barqueiros.
O serviço de travessia Icoaraci-Cotijuba é realizado pela linha municipal operada pela Navegação Confiança. O mesmo trajeto também é realizado pela cooperativa de barqueiros Cooperbic.
Em nota, a Seurb disse que realizou uma reunião com a empresa responsável pela obra no último dia 30 de março, a fim de garantir a conclusão dos serviços e, na mesma ocasião, a empresa se comprometeu a realizar os ajustes necessários no flutuante.
"No dia 21 de maio, a empresa foi notificada pela própria secretaria por não ter realizado os ajustes. Já na atual gestão, o flutuante recebeu vistorias e reparos emergenciais", detalhou.
Flutuante afundou em Icoaraci:
Barqueiros já tinham alertado para o risco
O presidente da Cooperativa dos barqueiros da Ilha de Cotijuba (Cooperbic), Eliezer Torres, que trabalha com embarque e desembarque no trapiche, comentou que o flutuante afundou por volta das 6h e reforçou que não houve feridos. "Mas eu já vinha falando há muito tempo sobre esse risco. Era esperado. "Há cerca de seis meses, quando fizeram uma reforma no trapiche, colocaram o flutuante em uma posição errada", opinou.
Ele disse que a estrutura estava tomada por buracos e ficava enchendo de água há algum tempo. Para isso, um motor bomba era usado para fazer a drenagem. "Com a reforma, colocaram de comprido e ele trabalha de atravessado. Tiraram uma rampa grande e colocaram uma menor acoplando. Mas não tava furado. Devido a essa posição, toda vez que a maré vazava, ela arrastava na areia no fundo. Foi danificando e furou", comentou Eliezer.
"Além da embarcação da prefeitura, são 30 barcos com cerca de 17 metros de comprimento que fazem parte desse trabalho de travessia no trapiche. Mesmo sem flutuante, a gente encostou na praia para desembarcar os passageiros de manhã. À tarde, com a maré alta, foi possível adaptar o desembarque na escadaria ao lado de onde fica o flutuante", finalizou.
Outras ocorrências
Não foi a primeira vez que as condições do flutuante apresentaram esse tipo de risco. No final de 2018, após anos sem manutenção, parte do local ficou submerso. Em janeiro de 2019, o problema continuou. Passageiros tiveram que desembarcar pela praia e alguns se arriscaram no que sobrou do flutuante.
Ainda na manhã da sexta (25), a Seurb, por meio do departamento de obras civis, realizou uma vistoria técnica no flutuante. No fim de semana, quando os barqueiros alertaram sobre os buracos na estrutura, o fluxo de passageiros foi grande no local, de onde saem os barcos para Cotijuba, Ilha do Marajó e outros locais. O fluxo maior é registrado durante o mês de julho, nas férias.
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