Ananindeua vive com falta de iluminação pública e lixo acumulado em diversos bairros
Reportagem de O Liberal esteve nos bairros do 40 Horas e do Coqueiro nesta sexta-feira (7) e constatou montanhas de resíduos
Mesmo com promessas de melhoria na coleta de resíduos, moradores de Ananindeua continuam convivendo com o acúmulo de lixo em diversas áreas da cidade. Na manhã desta sexta-feira (7), a reportagem de O Liberal registrou montanhas de entulho espalhadas pelas avenidas Independência e Hélio Gueiros, no bairro do 40 Horas, e pela rodovia Mário Covas, no bairro do Coqueiro. O cenário caótico tem gerado indignação entre os moradores, que denunciam não apenas o desconforto, mas também os riscos à saúde pública.
O aposentado Mazildo Pacheco Ferreira, de 72 anos, vive há 20 anos na região e acompanha de perto o problema. Para ele, a coleta, quando ocorre, não é suficiente para impedir o acúmulo constante de resíduos em diversos pontos da cidade. "Eles passam, mas não sei se é todo dia. Essa situação já faz muito tempo. Não sei quantos anos essa sujeira vem se acumulando no meio da rua", afirmou. Segundo Mazildo, a situação compromete a mobilidade dos pedestres, tornando difícil até mesmo acessar os pontos de ônibus.
Mazildo critica a falta de conscientização da população e a ausência de fiscalização eficiente para impedir o descarte irregular. "Tem uma certa quantidade de pessoas que jogam lixo, mas não é todo mundo. Se agora não tiver muito lixo, logo mais já tem uma montanha de lixo em cima do canteiro. Isso é inadmissível", lamentou. O morador reforça que a situação exige não apenas melhorias na coleta, mas também campanhas de conscientização para que o problema não se repita.
VEJA MAIS
Lixo na rua há semanas
Já na passagem Coletiva, no bairro do Coqueiro, a aposentada Rizoleta Almeida, de 69 anos, enfrenta um cenário ainda mais grave. Segundo ela, o caminhão da coleta de lixo não passa há mais de duas semanas.
"Tem muita mosca, muito rato, barata e muita doença também. Porque a sujeira traz doenças, né? As enfermidades. Tem gente adoecendo, com diarreia e febre. Estamos correndo risco de pegar muitas doenças. Estamos passando por uma situação que nunca enfrentamos antes. É muita imundície", afirmou.
A moradora relatou que, enquanto alguns bairros recebem a coleta regularmente, sua região parece ter sido esquecida pelo serviço público.
Além do lixo espalhado pelas ruas, Rizoleta denuncia que a falta de iluminação pública agrava ainda mais a situação. "Até a energia [do poste] está apagada. A gente paga a conta, mas a luz do poste não acende. À noite fica tudo escuro. A situação tá Muito complicada", desabafou.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Ananindeua não se manifestou até o momento.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA