Acusado de provocar a morte de empresário terá a sentença definida nesta sexta-feira

O caso, ocorrido em 2015, é julgado como uma overdose encomendada

Redação Integrada

Jefferson Michel Miranda Sampaio, 31 anos, acusado de matar em 2015 o empresário João de Deus Rodrigues, 27 anos, por overdose encomendada, foi submetido a julgamento no Fórum Criminal de Belém, nesta quinta-feira, 25. A sessão iniciou às 8h, com a escolha dos jurados. Cinco testemunhas de acusação foram ouvidas ao longo do dia; a última delas começou a depor às 12h30. Outras 11 pessoas foram arroladas pela defesa.

O julgamento foi suspenso após o depoimento do réu e será retomado na manhã da sexta-feira (26) com os debates. A promotoria será a primeira a se manifestar, seguida da defesa, ambas por aproximadamente uma hora e meia. Em caso de réplica, cada parte terá mais uma hora para suas considerações. Em seguida, o júri irá se reunir para decidir o veredicto e a sentença será lida pelo juiz.

A sessão é conduzida pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, que preside a 2ª Vara do Júri de Belém e que, em março de 2018, determinou que o acusado fosse a júri popular, ao considerar a existência de indícios de autoria de crime de homicídio.

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Segundo a denúncia, o réu teria administrado uma dose letal da droga GHB, conhecida por "Gota", em João de Deus durante uma festa em uma boate localizada no bairro do Reduto. Testemunhas afirmam que Jefferson fez João acreditar que a substância em questão era uma "droga comum", como as outras que costumava lhe oferecer. 

O CASO 

O empresário morreu após ingerir dose letal da droga GHB, durante um aniversário, em 27 de fevereiro de 2015, comemorado em uma boate localizada no bairro do Reduto. Na época, 20 pessoas foram ouvidas em depoimento e a maioria apontou Jefferson Michel Sampaio como fornecedor de bala (Ecstasy) e Doce (LSD) nas principais festas que aconteciam na cidade.

Logo depois do ocorrido, acreditou-se que João teria se sufocado com o próprio vômito depois de ter consumido grande quantidade de droga similar ao LSD e o caso foi tratado, inicialmente, como uma "overdose acidental". Depois de um PIC (Procedimento Investigatório Criminal), porém, instaurado a pedido da promotoria, ficou comprovado que a overdose foi encomendada a João, ou seja, ele teria sido envenenado . As investigações levaram ao traficante Jeferson Sampaio. 

A promotora, que à época atuava na caso, Rosana Cordovil, pediu a prisão preventiva do acusado. Ele se apresentou à polícia no dia 19 de setembro de 2017 e, inicialmente, ficou com tornozeleira eletrônica, mas por não cumprir as condições acordadas e continuar vendendo droga - foi encontrado, na casa do acusado, seis petecas de cocaína, 10 comprimidos de ecstasy e vários pedaços de papel da droga usada como sendo LSD - ele ficou preso em regime fechado. 

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