Sem assento e cobertura, parada de ônibus está sucateada na BR 316
Sem cobertura e assento, o ponto está sucateado e a população sofre sem o mínimo de infraestrutura
Quem pensa em se proteger do sol e chuva enquanto espera um ônibus na parada do KM 8 da rodovia BR 316, no bairro Centro de Ananindeua, se decepciona. Sem cobertura e assento, o ponto de ônibus está sucateado e a população sofre sem o mínimo de infraestrutura, que é de responsabilidade do Governo do Estado.
Rogério Tancredo é professor na escola localizada em frente à parada. Ao voltar para sua casa, em Belém, o usuário de transporte público se desdobra para descansar enquanto aguarda o coletivo. Sentado em local inadequado, ele fala que a situação não é isolada na Região Metropolitana.
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“A situação aqui da parada de ônibus, não só aqui na BR-316, mas também na Avenida Almirante Barroso. As paradas são todas antigas. No sol, a gente tem que se abrigar na sombra do poste de energia elétrica; e quando chove, a gente corre para uma cobertura mais próxima. Isso é uma falta de respeito com a população”, reclama o professor.
A costureira Lucirene Nunes, moradora do bairro Centro, pega ônibus todos os dias na parada. Ela conta que para fugir da chuva, o banco estadual localizado nas proximidades vira o ponto de ônibus. “A gente corre pro banco escondido, fica olhando pelo vidro se nosso ônibus está vindo. Quando ele aparece, saímos na chuva pra chamar”, relatou.
Licitação do transporte público em Ananindeua
Na terça-feira (29), a Câmara Municipal de Ananindeua deu início ao processo de regulamentação do transporte público. Durante sessão ordinária, os vereadores aprovaram em primeiro turno o Projeto de Lei (PL) que prevê a criação de diretrizes para a prestação do serviço no município. Segundo turno ocorre na próxima terça, 5 de abril.
Este é o primeiro passo para que seja, brevemente, realizada a licitação do setor. A regulamentação aprovada prevê não apenas licitação de empresas de coletivos, mas também de todas as demais estruturas que envolvem o serviço.
Dessa forma, o sistema integrado a ser regulado pela lei é: o transporte público de passageiros; a infraestrutura de circulação; o sistema de conexões, formado pelas estações, terminais de integração, abrigos, pontos de embarque e desembarque de passageiros, áreas de estacionamento, terminais de finais de linha e locais de carga e descarga de mercadorias e de valores.
Para Rogério, repassar a responsabilidade da manutenção dos pontos de ônibus não é acertada. “Eu acho que não seria ideal tirar obrigação do Estado ou Município e repassar à iniciativa privada, porque os empresários não cuidam nem dos ônibus, imagine das paradas e terminais rodoviários”, opinou.
O que diz o Governo do Estado
O Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM) informou por meio de nota que dentro das obras na rodovia BR-316, serão instalados novos abrigos de ônibus ao longo dos primeiros 10.8 km da via que vão atender a população usuária do transporte público na região.
O que diz a Prefeitura de Ananindeua
A Secretaria de Transportes e Trânsito de Ananindeua esclareceu que a rodovia tem jurisdição estadual. A responsabilidade por equipar com abrigos os pontos de paradas do sistema de transporte coletivo instalados ao longo da via é do Estado, que irá substituí-los por novos conforme a reestruturação da via por meio do projeto BRT Metropolitano.
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