Presidente da Câmara de Ananindeua fala sobre os desafios de legislar a segunda maior cidade do Pará
Morador de Ananindeua, está no quarto mandato de vereador na cidade da Região Metropolitana de Belém
Rui Begot da Rocha, 51 anos, pai de três filhos, formado em Administração de Empresa e em Contabilidade, tem também MBA em Gestão Financeira e Negócios. Morador de Ananindeua, está no quarto mandato de vereador na cidade da Região Metropolitana de Belém. À reportagem de O Liberal, o parlamentar que preside a Câmara Municipal avaliou a atuação dos 25 vereadores do município e falou sobre os desafios de legislar na segunda maior cidade do Estado.
Quais os desafios de ser presidente da Câmara em Ananindeua?
Nossa cidade tem aproximadamente 600 mil habitantes e muitos problemas nos 27 bairros. A cada sessão na Câmara, aprovamos três requerimentos por vereadores. Nós somos 25 parlamentares, então, totaliza 75 requerimentos pedindo soluções para os bairros, pedindo operação tapa-buraco, iluminação, escola, unidade de saúde,creche e muito mais. Então, a gente precisa tornar a Câmara cada vez mais dinâmica, que atenda todas essas questões, saindo mais do seu casulo e ouvir a comunidade. Então, acredito que esse seja o maior desafio.
Qual avaliação você faz desse 1 ano e 6 meses de sua administração no Legislativo? O que precisa melhorar ainda?
Minha avaliação é muito positiva. Percebo que toda a Câmara vem trabalhando para todos os segmentos da sociedade, tratando questões dos LGBTQIA+, questões raciais, direitos dos autistas e muitas outras questões pertinentes à sociedade. Tudo isso em audiências públicas, sessões especiais e sessões ordinárias..
Vez ou outra notícias de discussões calorosas entre vereadores de Ananindeua ganham destaques nas redes sociais. Como você, enquanto presidente, vê essa situação?
Nós temos que entender, e creio que a sociedade tem essa compreensão, que a Câmara é uma casa realmente de pressões, onde nós evoluímos com a diferença um dos outros. São 25 vereadores, são cabeças diferentes que pensam diferente sobre determinados assuntos e sim, levantam calorosas discussões. Mas essas discussões, no final de tudo, acabam com o encaminhamento e com uma boa evolução, e cabe a mim, enquanto presidente, fazer valer a liberdade de expressão de cada parlamentar, focando em como a discussão pode beneficiar a população.
Nos últimos meses, foram aprovados pelo Legislativo e Executivo, diversos programas de auxílio à população mais vulnerável da cidade. Há uma preocupação da Câmara quanto uma possível sobrecarga das verbas municipais com assistência social?
Todos os auxílios que nós aprovamos vieram do Executivo, discutidos na mesa diretora e aprovados com responsabilidade, pois acreditamos que são necessários. Mas claro, sempre debatemos também os orçamentos específicos. Então, afirmo que de forma alguma os auxílios vão afetar o financeiro, nem o orçamento da Prefeitura.
Como estão as obras da Câmara Municipal? Depois de duas alterações de previsão de entrega, a conclusão será ainda este ano?
Já tivemos duas alterações no cronograma de entrega da obra. A previsão que a empresa nos deu agora junto com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop) é para outubro deste ano. Esperamos que seja concluída no prazo estipulado e que a gente possa estar brevemente com uma Câmara novinha e melhor, com elevador, rampa com a sensibilidade para deficientes físicos e um espaço mais adequado para atender melhor a população que procura os vereadores.
Já estamos caminhando para o final do seu biênio como presidente da Casa Legislativa. Quais as prioridades para este final, e onde acha que avançou neste período?
Ao término de meu mandato, vou seguir com a cabeça erguida, deitando a cabeça no travesseiro e dormindo tranquilamente. Primeiro, porque nós fizemos um planejamento, criamos um plano de gestão para 2021 e 2022. Esse plano passa por 15 itens, sendo o primeiro, a reforma da Câmara. Segundo, a implantação da Escola Legislativa, com curso de educação fiscal e brevemente um curso de oratória para os vereadores. Também temos o projeto do Parlamento Jovem, onde crianças da rede municipal poderão participar de uma sessão real da Câmara, para que possam entender mais sobre o papel de um vereador e estimular os jovens a serem mais atuantes na política. Também fizemos reposição do salário dos servidores, quando fizemos um reequilíbrio econômico que há muito tempo não existia. Reestruturamos a da Procuradoria da Mulher, planejamos implementar também o 13º salário dos vereadores; entre outras questões. Portanto, me sinto orgulhoso de estar a frente da Câmara mais atuante em todos os anos, batendo recorde de projetos de lei e requerimentos.
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