Pequena escritora dá asas à imaginação no primeiro livro
O lançamento de “A Águia Jabiruço” ocorreu no último domingo (18), no Teatro Waldemar Henrique, em Belém
A criatividade sempre foi o forte de Anna Clara Vasconcelos de Abreu, 12 anos. Desde muito cedo seus pais, Luiz Ricardo Freitas de Abreu e Ana Paula Barata Vasconcelos, a incentivaram aos hábitos da escrita e leitura. No colégio onde estuda, a escola João Paulo II, em Ananindeua, a aluna também se destaca por ser comunicativa, gostar de animais e interagir com os coleguinhas. Com tanta imaginação e energia de sobra, não demorou muito para aquele mundo de fantasias ir além dos seus pensamentos e ganhar vida nas páginas do livro “A Águia Jabiruço”, lançado no último domingo (18), no Teatro Waldemar Henrique, em Belém. O advento da publicação, no entanto, só foi possível a partir do olhar sensível da escritora e avô de coração Rosa Virginia.
“Ela [Anna Clara] escreveu a história em uma agenda e foi ler para mim. Naquele momento fiquei muito emocionada e achei a história tão linda, foi então que decidi gravá-la. Depois disso, falei a ela: Anna, vamos dividir a criatividade? Porque essa história, escrita no período da pandemia, é de abraçar o coração de quem lê. E naquela época, todos nós sentimos falta do acolhimento e da partilha. Então, eu compartilhei a história. Sempre digo para a Anna que eu só fiz arrumar e escrever, mas a história, a criatividade e a sensibilidade é toda dela”, afirmou Rosa Virgínia. Ao todo, a escritora, que também é psicóloga, tem 13 obras lançadas.
Para Ana Paula Vasconcelos, ver a filha publicar seu primeiro livro é motivo de alegria. Ela recorda que a história do livro foi escrita inicialmente em uma agenda, quando Anna tinha apenas 8 anos de idade. Na época da pandemia foi o período em que a filha mais se aprofundou no mundo da leitura, diz a mãe. E como um diamante a ser lapidado, seus rascunhos na agenda foram aprimorados com o toque da escritora Rosa Virgínia. “A Rosa é como uma avó para Anna. Ela é mãe da atual esposa do meu ex-companheiro. Mesmo não tendo o laço sanguíneo, elas construíram uma relação muito bonita”, comentou a mãe de Anna Clara.
A mãe da pequena escritora contou que a filha recebeu recentemente diagnóstico para Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, com isso, seus pais passaram a compreendê-la ainda mais: “Mesmo sendo um grau leve tem suas dificuldades, porém estamos sempre juntos dela e a incentivando em todos os seus sonhos”. Segundo Ana Paula Vasconcelos, a escola de João Paulo II cumpre papel fundamental no processo de desenvolvimento social da filha: “A Anna veio da rede particular de ensino. Lá, ela estava mais isolada, tinha poucos amigos, e era mais calada. Percebemos que na escola pública ela pôde expressar tudo que sentia, fez novos amigos e recebeu muito apoio e atenção dos seus professores”.
Quem confirma o momento vivido por Anna Clara no colégio é a gestora escolar Marluce Gatinho ao elogiar o comportamento da estudante: “Ela é uma menina comunicativa, gosta muito de animais, ela gosta muito de interagir na hora do recreio, procura os colegas para brincar, gosta de demonstrar que o corpo dela é flexível, porque ela é muito flexível, então ela se dobra facilmente, e gosta de demonstrar isso na hora do recreio. Gosta de interagir, é comunicativa e proativa, e também é muito amorosa, ela é uma criança muito agradável”.
Nas livrarias
O livro “A Águia Jabiruço” será lançado no dia 24 de junho (sábado), na livraria Travessia, localizada na avenida Alcindo Cacela, 1404, entre as avenidas Governador Magalhães Barata e Governador José Malcher.
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