Diretamente de Ananindeua, Pará ganha primeira Orquestra Filarmônica Paraense
Coletivo foi criado em outubro de 2021 com o intuito de arrecadar mais recursos e patrocínios para os profissionais do Pará
Ananindeua ganhou um novo presente artístico e cultural. Criada na cidade da Região Metropolitana de Belém, em outubro de 2021, a Orquestra Filarmônica Paraense está realizando as primeiras apresentações abertas ao público, levando arte, cultura e música erudita a todos os cantos do Estado.
O coletivo é formado por músicos atuantes no cenário erudito local, com o objetivo de dar mais oportunidades a músicos paraenses, disseminando ainda mais a cultura e a prática musical, agregando profissionais de cunho nacional e internacional.
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Por que a orquestra se chama Filarmônica?
O maestro e regente titular da Orquestra, Thiago Rodrigues, explica que ela se chama “filarmônica” por ser independente, auto gerenciada e financiada por membros da sociedade. “As características da orquestra filarmônica são as mesmas da sinfônica. Ela pode ser qualquer de câmara, pode ter sopro, madeiras e até percussão. É uma orquestra que tem o número de sessenta a cem músicos. A diferença é que ela não tem vínculo nenhum com o Estado ou rede pública”, detalha.
Mesmo sendo uma orquestra nascida em Ananindeua e composta por músicos da cidade, os ensaios são realizados em espaços da capital paraense. Para Thiago, esse deslocamento é necessário pela falta de um ambiente adequado, como um teatro no município.
“A orquestra foi criada para Ananindeua, mas infelizmente não temos um local para ensaio e por isso, estamos em Belém. Felizmente, hoje temos parceiros como o Sesc, Casa da Música, Casa das Artes, Instituto Estadual Carlos Gomes para realizarmos nossos ensaios”, informa o maestro.
Música que transforma
Mais que arte, uma carreira. É assim pro violinista Luiz Carlos Gomes, integrante da Orquestra. Ele já vive da música há 12 anos e afirma que a atividade também é agente de transformação social.
“Além do deleite de poder tocar meu instrumento, o contato com os meus amigos, também é bom mostrar pra sociedade a música como meio de transformação social, levar a música, como algo que faz diferença na vida de quem assiste nosso concerto. A música ensina disciplina, sensibilidade; e é uma fonte de renda, é um trabalho como qualquer outro”, declara Luiz.
Ele completa dizendo o quanto é grato pelos resultados da música em sua trajetória. “Quando eu era mais jovem, eu não sabia muito o que eu estava querendo fazer da minha vida. Quando eu comecei a tocar violino, no início era muito divertido, mas hoje sem dúvida é a minha profissão, minha carreira, é onde eu me sinto bem aonde eu consigo me sustentar. Então a música deu um direcionamento para a minha vida. Sem a música, provavelmente eu não teria feito metade das coisas que eu fiz”, finaliza.
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