Dona de Casa Rosana Rossi denuncia lixos, bueiros entupidos e água fétida na Rua dos Pariquis
A denunciante e outros moradores dizem que o perímetro é um ponto crítico de alagamentos
A denunciante e outros moradores dizem que o perímetro é um ponto crítico de alagamentos
Há vários meses, moradores da Rua dos Pariquis, no trecho entre avenida Alcindo Cacela e a travessa 14 de Março, no bairro da Cremação, em Belém, reclamam de lixos, bueiros e valas entupidas. Além disso, o perímetro é um dos pontos críticos de alagamentos. Com a chegada do período chuvoso, a população teme por mais transtornos e invasão das águas em suas residências. A dona de casa Rosana Rossi disse que, para fugir das enchentes, precisou mandar levantar a sua casa por cinco vezes.
"Eu tive que fazer obras para levantar a minha casa, fiz umas cinco vezes. Foi uma em cima da outra e, até agora, não vi mudança no saneamento, está cada vez pior. Você observa como está a imundice. São resíduos podres, está tudo entupido. A gente quer mandar limpar o bueiro, mas eles (Sesan) não limpam direito e precisamos pagar alguém para limpar", reclama a moradora.
Durante a reportagem, a equipe observou uma equipe da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) realizando serviços de retirada de resíduos dos bueiros. Também houve a limpeza da vala, em que estavam sendo retirados os lixos e colocados no meio-fio. O perímetro apresentava água empossada há dois dias.
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Há lixos nas calçadas e alguns resíduos caem junto às águas fétidas das valas. Nesse mesmo perímetro, alguns moradores tentaram fazer um jardim com plantas em pneus. Mas há vários lixos espalhados pela área e ao longo da calçada. O local se transformou em entulhos, com lixos domésticos e orgânicos.
Quando chove, os lixos são arrastados e ficam espalhados pelas valas, até atingir os bueiros, o que resulta no entupimento e enchentes. Após uma forte chuva que ocorreu no dia 16 de outubro, as valas do perímetro continuariam cheias até o dia seguinte, pois houve bloqueio para evasão das águas, devido aos bueiros que ficaram entupidos de lixos e resíduos.
"É necessário eles (Sesan) fazerem serviços de hidrojato. A equipe veio aqui e limpou a vala, mas não houve a capinagem, não tiraram os matos. Não adianta nada, pois tudo isso contribui para as enchentes. E a gente precisa ir levando, pois o que a gente pode fazer? Nada! Nós fazemos o que pode! Em período de inverno, a minha casa enche", conta Rosana.
Entre os problemas, também há reclamações de pedestres e moradores. Denunciantes dizem que os residentes limpam suas calçadas e empurram sujeiras para as valas. Por conta disso, as valas ficaram cheias de resíduos, contribuindo para os alagamentos no perímetro. Alguns pedestres também aproveitam para jogar lixo nas valas.
"É muita lama podre que está aí dentro. Eles (Sesan) precisam abrir essas galerias e fazer a limpeza correta, só o carrinho e pá não é o suficiente. Eles também precisam limpar em todos os bueiros, pois não adianta focar em apenas um, já que os outros podem fazer com que o bueiro fique cheio novamente. Só limpar um bueiro não adianta em nada", diz Rosana Rossi.
A reportagem solicitou nota para a Sesan nesta terça-feira (24). Não houve retorno até o fechamento desta edição.
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