Aposentado Daniel Lopes denuncia falta d’água na avenida Celso Malcher
A irregularidade no fornecimento do serviço não é uma realidade recente, mas tem se intensificado nos últimos tempos, conforme aponta a denúncia
Moradores da avenida Celso Malcher, bairro da Terra Firme, em Belém, enfrentam transtornos devido à falta de abastecimento de água há pelo menos três semanas. A irregularidade no fornecimento do serviço não é uma realidade recente, mas tem se intensificado nos últimos tempos, conforme aponta a denúncia feita pelo aposentado Daniel Lopes. Além disso, a baixa pressão da água nas torneiras agrava ainda mais o problema.
Ainda de acordo com os relatos, em alguns horários do dia a água ainda chega a abastecer as casas. No entanto, após um certo período, os usuários se deparam com as torneiras vazias. Para contornar a situação e ter uma solução temporária, os moradores da área precisam encher baldes. É somente assim que eles conseguem realizar as tarefas domésticas do dia a dia, além da higiene pessoal.
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O esforço vai muito além de encher os baldes. Muitas pessoas precisam fazer esforço para carregar os baldes de um local a outro. O problema se torna pior para pessoas que têm mobilidade reduzida, como é o caso de idosos, que são afetados pelos transtornos. Por conta da falta d’água, os problemas se refletem na louça acumulada nas casas e nas roupas sem lavar em muitas residências.
Segundo Daniel, que mora no bairro há anos, o abastecimento até chega a ser normalizado pelo período da noite, mas, ainda assim, com irregularidade, prejudicando toda a rotina. “Anos e anos que está aqui sem água. Para fazermos o nosso trabalho diário temos que buscar água em uma bica na avenida Perimetral. A gente pega para tomar banho, para lavar louça, para tudo. À noite a água até vem, mas bem pouquinho. No entanto, vem a conta. Trezentos reais que é cobrado”, desabafa.
“Nós temos que ir ainda, na companhia de saneamento. Inclusive, a gente pagava uma taxa de 42 reais. E, agora, vem essa exorbitância de 300 reais. Para mim, que sou aposentado, como vou pagar isso aqui? Não tem como”, afirma. “É muito triste isso. Não tem água, mas todo mês vem essa conta. Como a gente pode viver? Ainda tem o trabalho de ir buscar água para poder abastecer a casa. Eu não vou, porque não posso fazer muita força. É o meu neto quem vai”, diz Daniel.
A Companhia de Saneamento do Pará informa, através de nota, que uma equipe técnica vai ao local avaliar a situação e programar os serviços necessários.
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