Marajó: com pandemia estável, investimentos em educação são o caminho para recuperação da região
Com a pandemia estabilizada, governos e setores querem recuperar e retomar políticas. Alavancar economia e investir na educação são metas
Após a pandemia da covid-19 dar sinais de relativa estabilização no Brasil, desde abril deste ano, com recuo em números de internações e mortes, e já passados dois anos desde que as grandes ondas de infecções pelo novo coronavírus passaram a impactar todas as localidades paraenses, a expectativa dos moradores do Arquipélago do Marajó e dos gestores dos seus 16 municípios é recuperar o “tempo perdido” na economia, na educação e em outras atividades e políticas em setores prioritários. Não bastasse o flagelo da maior emergência sanitária vivida neste século, na última década os desafios para o desenvolvimento do arquipélago se ampliaram. A população marajoara saltou de 400 mil para 600 mil habitantes nesse período – o que, por si só, já torna os investimentos públicos cruciais nos horizontes de nova retomada.
“Nossa produção de madeira, açaí e essências da floresta tem crescido muito. Estamos recuperando os dois anos convivendo com a covid-19”, detalha o prefeito do município de Soure e presidente da Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (Amam), Guto Gouvêa. A associação cita a importância de investimentos recentes feitos pelo governo do Estado, nesse panorama: “Em asfalto, abastecimento de água, educação e saúde, na geração de emprego e renda, em cursos profissionalizantes, e fomento ao empreendedorismo, através do Banpará e Sebrae. Temos tido também aporte no setor de turismo, com a construção de novos terminais hidroviários na maioria dos municípios”.
O prefeito de Soure, município de 25,5 mil habitantes, afirma que, com a chegada da energia elétrica e a melhoria dos transportes fluviais na região, a “griffe Marajó” – referência que faz ao fato do arquipélago ser conhecido em todo mundo, por suas belezas e posição geográfica – permitirá que, em alguns anos, a população marajoara “tenha renda e emprego” para alterar os baixos desempenhos dos municípios dessa região amazônica no quadro do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). “Isso mostrará a força e a riqueza do Arquipélago do Marajó e de seu povo”. Situada a 97 quilômetros da capital, hoje Soure é um dos grandes destinos do turismo no arquipélago, e pode ser acessada por duas a seis horas de viagem de barco (em opções que incluem lancha rápida ou balsa) partindo-se da capital paraense, Belém.
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A estabilização da pandemia também deve ajudar a retomada da economia no arquipélago do Marajó, avalia Aldery Alho de Souza Júnior, presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Breves (Aciab), entidade que reúne 93 associados do Marajó. “Nos próximos meses a inflação pode começar a baixar e teremos bons momentos econômicos pela frente, eleição estadual, nacional. Querendo ou não, isso movimenta muito o comércio também”, pondera Aldery Alho. “E, logo depois do período eleitoral, vem a Copa do Mundo. Já estamos entrando em um momento de retomada. Logo, logo, as coisas vão começar a melhorar”, aposta.
O presidente da Aciab lembra que a atuação de governos, injetando recursos na economia, foi importante frente à retração do comércio no mundo inteiro, no início da pandemia. “Aqui também. Reaqueceu um pouco. E o comércio voltou”, avalia Aldery. Com a pandemia, várias empresas do comércio varejista de Breves fecharam, aumentando o desemprego entre os 103 mil habitantes do mais populoso município marajoara. “Porém, o empreendedor local, pelo o que eu converso, tem essa percepção, de que o empreendedorismo é o responsável pelo novo aquecimento novamente do comércio. A gente precisa voltar a investir para gerar emprego e melhorar a economia e a vida da população como um todo”.
Segundo aponta a Aciab, o comércio de Breves movimenta por mês cerca de R$ 20 milhões. “É um valor razoável. Acredito que a gente tem potencial de movimentar um valor muito maior na nossa região. Falta só disposição dos governos municipal, estadual e federal para trazer investidores para o Marajó”, diz o presidente da entidade.
Após demissões, portas reabertas
No vizinho município de Melgaço, o comerciante Waldiney Frazão, 44 anos, engrossa essa expectativa por dias melhores, a partir de agora. Há nove anos ele é dono de um restaurante que fica na orla do município, que soma 28 mil habitantes.
“A pandemia foi difícil para todo mundo. Passamos quase três meses com o restaurante fechado. Na época, foi proibido o funcionamento dos estabelecimentos comerciais. Tivemos que dispensar todos os [sete} funcionários e funcionárias e ficamos em casa, em isolamento. Tivemos que puxar os últimos recursos para se manter porque, como a gente trabalha todo dia para poder adquirir o recurso, aí parou o comércio, parou tudo. Só tivemos gastos”, pondera Frazão.
Com a volta gradual à normalidade, ele contratou novamente os mesmos funcionários que havia dispensado. “Graças a Deus escapamos. Deus deu a nossa saúde. Mas perdemos muitos amigos e conhecidos”, lamenta Waldiney, que ainda segue à espera de que o movimento melhore ainda mais. “Ainda não voltou ao que era antes. Está voltando aos poucos. Está fraco, e não é só aqui. É em todo lugar. Vamos nos virando e Deus vai ajudando”.
"Temos alunos que passam quatro horas dentro de barcos. Duas horas para ir e duas para voltar para suas casas" - Eder Vaz Ferreira, secretário municipal de educação de Melgaço.
É a esperança de Waldiney e muitos outros marajoaras o que traduz esse momento novo. É assim também para para a gente mais humilde do Marajó, como dona Maria Maia Ferreira, de 64 anos, moradora da comunidade ribeirinha de Jetsêmini, em Melgaço. Dois anos após registrar os momentos de tensão vividos nos piores dias da pandemia, em maio de 2020, a reportagem de O Liberal reencontrou Maria Maia no mês passado: ela estava, dentro de um barco, na orla de Breves - e já ia embarcar de volta para sua comunidade no município vizinho.
Dona Maria não escuta bem. As perguntas feitas a ela são feitas e respondidas, com cuidado, através de sua nora, Gabriela de Lima Dias, que a acompanha na viagem. Ela conta que não teve covid-19, e que já foi vacinada contra o coronavírus; "Está faltando apenas a dose de reforço", detalha a nora. A idosa também se queixa: sofreu uma queda, sobre o qual não conta muitos detalhes. Está fazendo o tratamento em Breves. Sente algumas dores. Mas ressalta, com um sorriso que parece resumir a satisfação, como é bom poder transitar e enxergar de novo o ir e vir dos barcos - como era antigamente.
Em Melgaço, alunos navegam quatro horas para estudar
O desafio do comércio do Arquipélago do Marajó é grande, mas os gargalos derivados da pandemia são não menos gigantescos para políticas públicas como a educação. Também em Melgaço, o secretário municipal da pasta também elege como prioridade máxima “recuperar o tempo perdido e voltar à normalidade”. Depois de quase dois anos suspensas, as aulas presenciais foram retomadas apenas em fevereiro deste ano. “Nosso desafio é recuperar a aprendizagem desses anos quase perdidos”, afirma o secretário municipal de educação de Melgaço, Eder Vaz Ferreira. "Em muitas turmas, estamos colocando dois professores para ajudar os alunos com dificuldades de acompanhar a série. Muitos passaram de ano sem estudos presenciais”.
Mas, para garantir um estudo de qualidade, também é necessário investir na estrutura física das escolas. “Em dois anos de escolas paradas, elas ficam todas deterioradas. É preciso reformas, novas escolas, novas carteiras, novos quadros. Tudo precisa ser novo”, pondera o secretário.
Melgaço tem atualmente 55 escolas municipais. Dessas, a gigantesca maioria (51) estão instaladas na zona rural. São três mil alunos na cidade e mais 6,5 mil matriculados na zona rural. Por isso mesmo, o maior desafio são as distâncias. Muitos alunos precisam passar horas dentro de um barco para chegar à escola. “Temos alunos que passam quatro horas dentro de barcos. Duas horas para ir e duas para voltar para suas casas”, detalha Vaz Ferreira.
Para dar conta dessa demanda, a prefeitura aluga quase 300 barcos, para os quais o município fornece o combustível. A despesa é de mais de R$ 1 milhão mensais só com transporte escolar rural. Hoje, 80% desse transporte é custeado com recursos do Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.
No último dia 30 de maio, as aulas presenciais da rede municipal de ensino foram 100% retomadas em Breves. “Hoje é um dia muito importante para todos nós da rede municipal de ensino. É a data marcada para os alunos saírem das aulas escalonadas. Gostaria de lembrar que o vírus da covid-19 ainda está entre nós, e temos que, cada vez mais, aprender. Aprender a conviver com ele, prezando pela segurança e saúde de todos. Portanto, o uso de máscaras nas escolas é obrigatório”, resumiu a diretora de ensino da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Valcilene Gama, sobre esse novo momento.
A Semed diz que a prioridade máxima destes próximos meses de 2022 é garantir as condições para que este ano letivo “seja o mais exitoso possível, com foco total na recuperação da aprendizagem dos nossos estudantes”.
Portel investe em infraestrutura e no turismo
“Temos equilibrado as contas públicas com o pagamento em dia aos servidores e fornecedores. Com isso, temos aquecido a economia local”, adianta-se o secretário municipal de Administração e Finanças (Segaf) de Portel, Walber da Paixão Valente da Silva, ao detalhar onde o município de 63 mil habitantes enxerga caminhos para a sua retomada. Localizado a 263 quilômetros de Belém (14 horas de barco), Portel também aposta em investimentos em infraestrutura e no turismo para deixar de vez o período mais impactante da covid-19.
Na área da agricultura, a prefeitura municipal diz que tem incentivado os agricultores familiares na produção de hortaliças, farinha e açaí. E também afirma estar promovendo treinamentos e cursos técnicos para aprimorar a produção, para que esses pequenos produtores possam vender produtos da própria merenda escolar ao município.
“Na produção de artesanato, buscamos parcerias com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), a Seaster (Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e até mesmo o programa Parceiras pelo Pará, para promover a capacitação para produção, e também financiamentos, como forma de recuperar a economia local”, afirma Walber Paixão.
Terra de gigantes
Portel é um dos municípios mais distantes da região do Marajó. E dentro do próprio município, as distâncias são gigantescas. Há comunidades na zona rural cujo acesso exige 30 horas de viagem de barco, partindo-se da sede da cidade – é o dobro do tempo necessário para se chegar à capital paraense. É o segundo mais populoso dos 16 municípios do Marajó, atrás apenas de Breves, que tem o maior número de habitantes. No entanto, em extensão territorial, Portel é três vezes maior.
Esse era o tamanho adicional do desafio imposto pela pandemia ao enfermeiro Jhonata Carvalho, um dos trabalhadores do Hospital Municipal de Portel, ao atuar, há dois no auge da pandemia. Sua missão: acompanhar a transferência de pacientes graves do coronavírus. Por causa da pandemia, o enfermeiro acabou deslocado do setor onde trabalhava, na urgência e emergência, para a “ala covid”, onde ficavam os pacientes moderados e graves. Jhonata também fazia a transferência dos pacientes para o hospital de referência, o Hospital Regional do Marajó, em Breves. Isso durante o dia, de tarde e à noite.
“Naquele momento, não tínhamos uma estrutura muito eficaz, grande, para atender a população. Infelizmente, a gente perdeu muito paciente. Famílias inteiras foram acometidas e vieram a óbito por vários motivos - estrutura de equipamentos, falta de medicações e até mesmo pelo transporte. Não tinha leito no Estado. Todos estavam à procura de um leito para a mesma situação. Com a demora, vinham os óbitos”. Hoje, dois anos depois, o cenário mudou. “Tivemos um novo pico, mas logo em seguida a gente estabilizou os casos e consequentemente a ocupação de leitos reduziu. Hoje, o hospital está com alguns meses que não tem nenhum caso ou internação por covid”, comemora.
Mesmo com o atual cenário epidemiológico, mais favorável, sem casos positivos em Portel, a prefeitura diz que segue intensificando ações de monitoramento dos sintomáticos respiratórios, através da aplicação de testes rápidos para a covid-19. E que, ao mesmo tempo, continua o mutirão de vacinação na zona urbana e rural.
“De fato, nós não somos nada. Um simples vírus pode acabar com tudo. Com a economia, com as famílias. Não adianta riqueza, ser ignorante, não amar ao próximo. Nossa vida aqui é um vento. Um simples vírus pode vir e te deletar todo”, pondera o médico Diego José de Oliveira. Para ele, que hoje continua trabalhando na UPA de Breves, onde estava no auge da pandemia, uma das principais lições da pandemia é justamente sobre a fragilidade da vida humana. E claro, também a capacidade de se refazer, se ainda assim for possível, frente ao novo desafio.
Ações federais tentam mitigar efeitos da pandemia no Marajó
Procurado pela redação de O Liberal, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) fez recentemente um balanço das três fases da Operação Pão da Vida, que buscou dar garantias à segurança alimentar da região do Arquipélago Marajoara no período mais crítico da pandemia de covid-19, entre 2020 e 2021. A fase um foi realizada em junho de 2020, nos municípios que se encontravam, à época, mais isolados no Marajó: em Chaves e Afuá, foram entregues 16 mil cestas básicas e 100 mil itens de higiene pessoal.
"De fato, nós não somos nada. Um simples vírus pode acabar com tudo. Com a economia, com as famílias. Não adianta riqueza, ser ignorante, não amar ao próximo. Nossa vida aqui é um vento" - Diego José de Oliveira, médico.
A fase dois ocorreu em julho de 2020, em Breves, Portel e Melgaço, com a entrega de mais 12,5 mil cestas e mais 200 mil itens de higiene pessoal. Já a terceira e última fase da Operação Pão da Vida, segundo palavras do próprio governo federal, teria sido uma iniciativa “de apoio e alívio” voltada aos municípios marajoaras mais atingidos pela pandemia: Portel e Melgaço. Segundo o MMFDH, essa terceira fase também contou com apoio do Ministério da Cidadania e distribuiu 95 mil cestas básicas a pescadores artesanais do Marajó.
O governo federal também diz que atuou no Arquipélago do Marajó com o barco da Caixa Econômica Federal. Por influência do MMFDH e do Programa Abrace o Marajó, a agência itinerante disponibilizada auxiliou o acesso a auxílios do governo. Segundo o MMFDH, o plano de ação do programa Abrace o Marajó 2020-2023 reúne um conjunto de compromissos voltados à geração de empregos e à promoção da melhoria da dignidade, da educação e da saúde da população da região.
Governo do Pará reforça a atenção ao Marajó
Em balanço recente sobre o cenário atual da pandemia no Estado, e em especial sobre ações voltadas à região do Arquipélago do Marajó, a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) disse à redação de O Liberal que a região foi contemplada com diversas ações de vigilância em saúde para o controle da pandemia e para a interrupção da cadeia de transmissão do vírus, “através das ações de prevenção e bloqueios sanitários, distribuição de testes rápidos para detecção oportuna, intensificação da testagem na população com orientações de cuidados e isolamento, investigação dos casos e óbitos e distribuição de vacinas contra a covid-19.
A secretaria estadual de saúde do Pará diz que mantém constante monitoramento do cenário epidemiológico do Estado e que a região do Marajó já recebeu, até o início de junho deste ano, um total de 832.107 doses de vacinas contra a covid-19.
O governo do Pará cita ainda investimentos em assistência hospitalar durante a pandemia: “Houve um aditivo no valor de R$ 1.125.000 ao contrato com o Hospital Regional Público do Marajó [HRPM] para a aquisição de um novo tomógrafo. Além disso, a Sespa alterou por um tempo a mudança de perfil de atendimento do HRPM, reservando 7 leitos de UTI e 6 leitos clínicos para atender exclusivamente casos de covid-19, sem alteração no valor mensal de custeio”, disse a Sespa. Já para no Hospital de Campanha do Marajó, a secretaria detalhou que foram destinados R$ 6,3 milhões de custeio e R$ 3.068.483,90 de investimentos, durante o período em que funcionou. A Sespa diz ainda que o Estado destinou de R$ 1.781.565, referentes à aquisição de 625 cilindros de oxigênio, distribuídos aos diversos municípios do Marajó.
A secretaria estadual de saúde do Pará também detalhou que, em 2020, foram realizadas 209 transferências de pacientes com covid-19 via “asa rotativa” e 82 transferências via “asa fixa”. Em 2021, foram 285 transferências, via “asa rotativa”, e 19 via “asa fixa”. A Sespa também informou que a região do Marajó realizou, em 2020, 325 internações devido a pandemia. “Já em 2021 foram realizadas 430, e em 2022, até o momento, foram realizadas 32 internações”.
O Marajó e a covid-19*
Veja um balanço do quadro atual da pandemia nos 16 municípios marajoaras, onde a covid-19 já acometeu 29 mil pessoas. Esse contingente é similar aos públicos totais, somados, das lotações completas dos estádios dos dois maiores times paraenses, a Curuzu (Paysandu) e o Baenão (Remo).
- Casos confirmados: 29.048
- Óbitos: 557
- Taxa média de letalidade: 2,48%
Municípios do Arquipélago do Marajó e a pandemia
Afuá
- Casos confirmados: 3.490
- Óbitos: 17
- Taxa de letalidade: 0,49%
Anajás
- Casos confirmados: 1.386
- Óbitos: 23
- Taxa de letalidade: 1,66%
Bagre
- Casos confirmados: 1.325
- Óbitos: 13
- Taxa de letalidade: 0,98%
Breves
- Casos confirmados: 5.146
- Óbitos: 127
- Taxa de letalidade: 2,47%
Chaves
- Casos confirmados: 871
- Óbitos: 6
- Taxa de letalidade: 0,69%
Cachoeira do Arari
- Casos confirmados: 623
- Óbitos: 26
- Taxa de letalidade: 4,17%
Curralinho
- Casos confirmados: 580
- Óbitos: 36
- Taxa de letalidade: 6,21%
Gurupá
- Casos confirmados: 2.633
- Óbitos: 15
- Taxa de letalidade: 0,57%
Melgaço
- Casos confirmados: 595
- Óbitos: 17
- Taxa de letalidade: 2,86%
Muaná
- Casos confirmados: 1.157
- Óbitos: 42
- Taxa de letalidade: 3,63%
Ponta de Pedras
- Casos confirmados: 3.593
- Óbitos: 38
- Taxa de letalidade: 1,06%
Portel
- Casos confirmados: 3.767
- Óbitos: 98
- Taxa de letalidade: 2,6%
Salvaterra
- Casos confirmados: 1.849
- Óbitos: 32
- Taxa de letalidade: 1,73%
Santa Cruz do Arari
- Casos confirmados: 261
- Óbitos: 11
- Taxa de letalidade: 4,21%
São Sebastião da Boa Vista
- Casos confirmados: 1.000
- Óbitos: 31
- Taxa de letalidade: 3,1%
Soure
- Casos confirmados: 772
- Óbitos: 25
- Taxa de letalidade: 3,24%
*Dados atualizados em 6/6 de 2022, às 18h32
Fonte: SESPA
A série
Marajó: desafios e superação na Amazônia após auge da pandemia
Dois anos depois de relatar, nos municípios de Breves, Melgaço e Portel, o cotidiano e desafios no auge da pandemia da covid-19, em maio de 2020, O Liberal volta ao Arquipélago do Marajó e publica série especial, em sete partes, mostrando como a população enfrentou a pandemia e detalhando a rotina de superação e enfrentamento de velhos desafios - numa região ainda marcada com os piores índices socioeconômicos do Brasil. Personagens e suas histórias expõem contrastes do antes e depois no cenário imposto pelo coronavírus à saúde, economia e educação.
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