Peeling de fenol é seguro? Conheça os riscos; homem morreu após o procedimento
A intervenção estética é feita com ácido e busca promover o rejuvenescimento da pele
O peeling de fenol é um procedimento estético feito com ácido e tem por objetivo o rejuvenescimento da pele. A intervenção provoca uma inflamação na pele, que resulta em descamação e remoção de parte da epiderme - a camada mais superior do órgão. A expectativa é que a substância auxilie no desaparecimento de manchas, rugas, linhas de expressão e cicatrizes de acne.
VEJA MAIS
A pele humana é dividida em partes. Do exterior ao interior do corpo, há epiderme, derme, hipoderme (ou tecido subcutâneo) e músculo. O fenol é aplicado na epiderme e sua ação pode chegar até a derme. Sendo assim, o ácido atinge camadas mais profundas da pele.
No procedimento, é necessário aplicação de anestesia para maior conforto do paciente. A intervenção, por sua alta complexidade, deve ser realizado em ambiente hospitalar ou consultório médico por dermatologista ou cirurgião plástico. Durante o processo, o paciente deve ter acompanhamento cardíaco.
Confira os riscos do peeling de fenol
- Choque anafilático (reação alérgica grave que pode levar à morte);
- Arritmia ou parada cardíaca, devido à ação do fenol (substância cardiotóxica);
- Alteração permanente da cor da pele, que pode mais clara ou mais escura;
- Formação de queloides (acúmulo excessivo de colágeno no processo de cicatrização);
- Dor durante o processo de cicatrização completo, que pode durar de 30 dias até um ano.
Após o procedimento, o paciente deve ficar em casa e sem contato com o sol. Hidratante emoliente precisa ser aplicado na pele para auxiliar na cicatrização.
O peeling de fenol é considerado arriscado devido às propriedades da substância aplicada na pele. Esse ácido, conforme a Divisão de Toxicologia Humana e Saúde Ambiental da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), é “altamente irritante para pele, olhos e mucosas após inalação de curto prazo ou contato dérmico”. Entre os sintomas de exposição aguda à substância, o órgão aponta respiração irregular, fraqueza muscular, convulsões, coma e perda de coordenação, além de arritmias cardíacas.
(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA