Parkinson: prática de exercícios físicos pode reduzir risco da doença em mulheres
Pesquisadores franceses apontam que mulheres que praticam atividades físicas apresentam uma redução de até 25% no risco de desenvolver a doença de Parkinson
Conhecida por ser uma doença neurológica que atinge o sistema nervoso e afeta os movimentos, o Parkinson atinge cerca de 220 mil pessoas no Brasil atualmente. Para enfrentar este problema, a prática de exercícios físicos pode ser um recurso valioso, especialmente para as mulheres.
Em uma publicação, o Jornal da USP revelou o resultado de um estudo que indica que mulheres que se exercitam regularmente possuem uma redução de até 25% no risco de desenvolver a doença de Parkinson. A pesquisa francesa fez a comparação com mulheres da mesma faixa de idade, porém menos ativas fisicamente, para chegar na conclusão.
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Sobre a pesquisa
O experimento que constatou a redução do Parkinson teve a participação de aproximadamente 99 mil mulheres do estudo E3N, que responderam questionários sobre a prática de atividades físicas ao longo dos anos. Pesquisas anteriores acerca da conexão entre atividade física e a doença apresentaram resultados inconsistentes, revelando uma associação significativa em homens, mas não em mulheres.
Embora a causa ainda seja desconhecida, a idade desempenha um papel significativo como um fator de risco, pois a doença geralmente se manifesta em pessoas acima de 60 anos. De acordo com dados divulgados pela OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 1% da população global com mais de 65 anos é afetada por esta condição. No entanto, é importante ressaltar que casos menos comuns, conhecidos como doença de Parkinson de início precoce, também podem ocorrer em pessoas mais jovens.
Segundo o médico e professor da Universidade de São Paulo, Octávio Pontes Neto, a atividade física regular na meia idade pode ser um papel fundamental para a prevenção. Além da causa desconhecida - sendo uma combinação de fatores genéticos e ambientais - a doença de Parkinson também não tem cura. Como resultado, os tratamentos disponíveis atualmente têm como objetivo principal apenas reduzir os sintomas associados.
Dr. Octávio Pontes Neto também mencionou que os sintomas de Parkinson tendem a se manifestar de forma leve e gradual, podendo inclusive variar para cada pessoa. Os principais sintomas motores incluem tremores (iniciando geralmente em uma das mãos), rigidez muscular, bradicinesia (movimentos lentos), dificuldade para iniciar e controlar os movimentos e alterações na postura e equilíbrio.
Apesar de ser uma notícia animadora e promissora, ainda é preciso mais estudos para um entendimento completo da relação entre atividade física e Parkinson, para desenvolver estratégias eficazes de prevenção.
*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de Oliberal.com)
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