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Pará prorroga campanha de vacinação contra a gripe até 31 janeiro de 2025

A Secretaria de Estado de Saúde Pública explicou que a prorrogação é necessária por causa da baixa cobertura entre os grupos prioritários

Camila Guimarães e Lucas Quirino*
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A Campanha de Vacinação contra a Influenza no Pará foi estendida a toda a população e segue, agora, até 31 de janeiro de 2025. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) divulgou a decisão na terça-feira (12), aderindo à determinação do Ministério da Saúde, que prolongou a campanha em toda região Norte. A medida busca aumentar a cobertura vacinal em resposta aos baixos índices registrados entre os grupos prioritários. Em Belém, por exemplo, a taxa de cobertura vacinal ainda está em 26,35%, quando a meta é 90%.

De acordo com a Sespa, a ampliação da campanha visa incentivar a vacinação para reduzir hospitalizações, complicações graves e óbitos decorrentes da gripe, que afetam principalmente os grupos prioritários: crianças, idosos, grávidas, puérperas, profissionais da saúde e professores. Atualmente, a cobertura vacinal no Pará está em cerca de 30%, abaixo da meta de 90% recomendada pelo Ministério da Saúde.

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"Estamos com pouco mais de 800 mil pessoas vacinadas, sendo que a meta era mais de 1,3 milhão”, aponta a coordenadora de imunização da Sespa, Jaíra Ataíde. Para ela, a população ainda não compreendeu a importância de se proteger contra o vírus: “Eu entendo que as pessoas ainda não compreenderam que esse é um momento importante, principalmente para vacinar logo os mais vulneráveis e, assim, proteger mais a população. Outro fator que explicaria a baixa procura pela vacina seria o hábito de deixar para o último instante, achando que ainda tem tempo”.

Jaíra Ataíde reforça a importância de imunizar os grupos prioritários. “A vacina contra a influenza está disponível para toda a população, mas estamos incentivando fortemente que os grupos prioritários, que são mais vulneráveis às complicações causadas pela gripe, busquem a vacinação o quanto antes. A imunização é essencial para garantir proteção e evitar complicações graves.”

De acordo com a coordenadora, o risco maior é que, com a chegada do período conhecido como inverno amazônico, a infecção por influenza leve a mais hospitalizações, agravamento de quadros respiratórios e doenças pré-existentes, levando mais pessoas ao óbito: “Às vezes a pessoa não morre de influenza, mas foi a gripe a porta de entrada para várias outras doenças oportunistas ou quadros mais graves. Geralmente, a pessoa começa com uma pneumonia e agrava muito rápido, principalmente crianças e idosos”, alerta a especialista.

Apesar de a prorrogação acompanhar o determinado para toda a região Norte, a a coordenadora de imunização da Sespa acredita que é importante que a população paraense bata meta de vacinação até o final de novembro. “Para nós é indispensável que a família leve seu idoso, sua criança, que gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde e professores – que todos vão se vacinar. Se esse público que é mais vulnerável estiver protegido, toda sociedade também estará”, afirma Jaíra Ataíde.

Belém está distante da meta

Em Belém, a meta é vacinar 90% de cada público-alvo da campanha contra a Influenza, o que equivale a 508.791 pessoas. No entanto, a adesão do público tem sido abaixo do esperado. Segundo a coordenação do Programa de Imunizações da Sesma, até o momento foram aplicadas 123.222 doses, representando apenas 26,35% da cobertura vacinal.

Prevenção evita complicações no quadro viral

A gripe é uma infecção respiratória altamente contagiosa que, em muitos casos, evolui de forma leve, mas pode levar a quadros graves. O objetivo da campanha é reduzir as complicações, internações e mortes provocadas pelos três tipos principais de vírus influenza que circulam no Brasil: A/H1N1, A/H3N2 e B.

A doença afeta especialmente os pulmões, nariz e garganta e pode ser particularmente perigosa para crianças pequenas, gestantes e pessoas com sistema imunológico comprometido. Os sintomas mais comuns incluem febre, calafrios, dores musculares, congestão nasal, coriza, dor de cabeça e fadiga.

*Estagiário sob supervisão do coordenador do núcleo de Atualidade, João Thiago Dias.

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