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Esgotos podem acumular mutações do vírus da gripe e são alvos de pesquisa sobre vacina

O estudo é feito regularmente por especialistas do Institut Pasteur de São Paulo (IPSP) desde julho de 2024

Lívia Ximenes
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Visando melhorar a eficácia da vacina contra a gripe, cientistas do Institut Pasteur de São Paulo (IPSP) observam mutações do vírus influenza em amostras de esgoto. A ação, iniciada em julho de 2024, busca monitorar o surgimento e avanço de novas cepas — agrupamentos virais com capacidade para transmitir, multiplicar, produzir sintomas e estimular a resposta do organismo. Em coletas frequentes, estudiosos analisam quais cepas estão circulando e são de risco à saúde humana e animal.

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O projeto conta com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) e pode durar entre quatro e cinco anos. Com ele, é possível estimar o início e pico da transmissão, além de prever a dinâmica de circulação do vírus. Ao repassar os dados às autoridades responsáveis pela saúde pública, torna-se viável o estímulo de diferentes maneiras de prevenção.

Conforme o Ministério da Saúde, existem quatro tipos de vírus influenza, nomeados com as primeiras letras do alfabeto: A, B, C e D. O vírus é responsável pela infecção aguda do sistema respiratório, manifestando-se no que popularmente é conhecido como gripe. Além dos quatro principais tipos, há subgrupos em determinadas classificações.

Influenza tipo A

Espécies que podem ser infectadas: humanos, suínos, equinos, mamíferos marinhos e aves

Subgrupos: A(H1N1)pdm09, A(H2N3), A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H3N2v), A(H1N2v) e outros

Outras informações:

  • Responsável por epidemias sazonais;
  • Disseminação natural feita por aves migratórias;
  • Classificação feita conforme a combinação das proteínas Hemaglutina (NA ou H) e Neuraminidase (NA ou N);
  • Subgrupos A(H1N1)pdm09 e A(H2N3) circulam sazonalmente e infectam humanos;
  • Subgrupos A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H3N2v), A(H1N2v) e outros são de origem animal e podem infectar humanos, ocasionando graves doenças.

Influenza tipo B

Espécies que podem ser infectadas: humanos

Subgrupos: linhagens B/Yamagata e B/Victoria

Outras informações:

  • Responsável por epidemias sazonais;
  • Os vírus são possuem subtipos, apenas linhagens.

Influenza tipo C

Espécies que podem ser infectadas: humanos e suínos

Subgrupos:

Outras informações:

  • Causa infecções leves;
  • Detecção ocorre em menor frequência;
  • Ação com pouca significância na saúde pública;
  • Não é relacionada a epidemias.

Influenza tipo D

Espécies que podem ser infectadas: suínos e bovinos

Subgrupos:

Outras informações:

  • Tipo isolado nos Estados Unidos (EUA);
  • Não há registro de infecção em humanos.

O Ministério da Saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), distribui imunizantes contra a influenza tipo A, B e C, visto que podem afetar humanos. O órgão ressalta que a doença pode afetar a todos, mas determinados grupos estão com maior propensão a desenvolver complicações relacionadas ao vírus, como idosos, crianças, gestantes e pessoas com comorbidades.

Sintomas da gripe

  • Calafrios;
  • Dor de cabeça;
  • Mal-estar;
  • Dor nas articulações;
  • Muita secreção nasal;
  • Dos muscular;
  • Diarreia;
  • Vômito;
  • Fadiga;
  • Rouquidão;
  • Olhos vermelhos e lacrimejantes.

Com a pesquisa do Institut Pasteur de São Paulo (IPSP), cientistas pretendem criar uma plataforma vacinal com base em RNA autorreplicativo, assim a sequência que codifica a proteína da vacina alvo será replicada diversas vezes. Dessa forma, utiliza-se menos RNA e as repostas imunológicas tornam-se mais prolongadas. “Há também um aumento da velocidade para que a vacina possa ser produzida. Muitas das vacinas atuais contra a gripe dependem da reprodução de ovos para obtenção dos vetores dos vírus”, afirma o biomédico Rúbens Alves à assessoria da Fapesp.

Clique aqui e saiba mais sobre a vacinação contra a gripe em Belém.

(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão de Enderson Oliveira, editor de OLiberal.com)

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