Medicamento para tipo de câncer recorrente em crianças será inserido no SUS
A novidade amplia o acesso ao tratamento adequado para o neuroblastoma, tumor recorrente na infância
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Pacientes em tratamento contra o neuroblastoma, terceiro tipo de câncer mais comum em crianças – atrás apenas da leucemia e dos tumores cerebrais –, terão acesso ao medicamento betadinutuximabe (Qarziba) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Ministério da Saúde, a oferta ocorrerá em unidades habilitadas dentro de 180 dias. Indicado para casos de alto risco ou recidiva, o fármaco já foi utilizado em mais de mil pacientes em 18 países.
O tratamento varia entre pacientes, segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope). Além da cirurgia para a retirada do tumor, em alguns casos, é necessária a quimioterapia para aqueles com risco baixo ou intermediário. Já para os de alto risco, pode haver a necessidade de cirurgia, de quimioterapia e de radioterapia ou, ainda, de transplante de medula óssea com células do paciente. Todos os procedimentos são oferecidos pelo SUS.
“Por serem de alto custo, geralmente a maior dificuldade é conseguir viabilizar a compra desses medicamentos. Quando estão disponíveis pelo SUS, os médicos conseguem planejar um tratamento com começo, meio e fim. E isso faz total diferença para as chances de desfecho positivo”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal.
A incorporação do betadinutuximabe para o tratamento do neuroblastoma de alto risco na fase de manutenção, no âmbito do SUS, foi oficializada pela Portaria n.º 7, de 9 de fevereiro de 2025, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics/MS).
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O que é o neuroblastoma?
Tumor sólido extracraniano, o neuroblastoma representa entre 8% e 10% de todos os tumores infantis. Dentre as principais dificuldades em relação ao tratamento, está justamente a dificuldade de acesso aos medicamentos. Trata-se de uma verdadeira corrida contra o tempo, pois os remédios devem ser usados em etapas específicas, conforme o tratamento, para que façam efeito.
“Tê-los disponíveis no SUS é um grande avanço e certamente ajudará muitas pessoas”, reforça o especialista em Direito Médico.
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