Doenças cardíacas são uma das principais causa de morte no Brasil, diz especialista

Em comoração ao Dia do Cardiologista, profissionais alertam para os cuidados com o coração e estimulam a prática de exercício físico para a boa saúde do órgão

Gabriel Bentes
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Comemora-se em 14 de agosto o Dia do Cardiologista. Essa data serve para homenagear os profissionais que cuidam do coração, um dos principais órgãos do sistema humano, e para alertar sobre os cuidados com ele. Desde 1º de janeiro de 2023 até então, o Cardiômetro, indicador da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), contabilizou quase 250 mil mortes por doenças cardiovasculares no Brasil.

Em dados mais amplos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de problemas cardíacos. Segundo a SBC, há uma estimativa de que 400 mil pessoas possam vir a falecer a cada ano devido patologias cardíacas. Para contornar a entrada nesse grupo, o tema sobre o cuidado do corpo deve ser mais debatido para que hajam iniciativas de combate à doença.

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De acordo com informaçõs do SBC, 3.493.459 pessoas morreram devido doenças cardiovasculares entre os anos de 2004 e 2014, totalizando 29% dos óbitos desse período, sendo uma morte a cada 40 segundos. Os problemas no coração matam o dobro das mortes de todos os tipos de câncer juntos, 2,3 mais que por acidentes e violência, 3 vezes mais que doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções, incluindi a AIDS.

Segundo o médico cardiologista Júlio César Filho, do Instituto de Educação Médica (IDOMED), as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no país tanto entre homens quanto entre mulheres. O profissional destaca a importância de estar alerta a sinais que apontem para problemas cardíacos, como dores no peito após se exercitar. “Se anteriormente você realizava esse mesmo exercício e não sentia dor, mas passou a sentir, é preciso ficar atento. Além disso, se você começa a sentir cansaço sem causa aparente, as pernas incham no final da tarde e acorda à noite com falta de ar a ponto de ter que se levantar da cama para melhorar, são sinais de atenção”, diz o cardiologista. 

 Ele enfatiza ainda que é preciso a adoação de hábitos saudáveis de vida para que as chances de desenvolver uma doença cardíaca sejam reduzidas. O cardiologista também pontua que, apesar de ser mais comum em pessoas mais velhas, crianças também podem sofrer dessas doenças. “Pode ocorrer em qualquer faixa etária, por isso todos devem fazer check-up. Dependendo da idade e das comorbidades, o intervalo entre as consultas de prevenção será maior ou menor”, explica Júlio.

Exercício físico é aliado para a boa saúde do coração 

Para Héllio Linhares, professor e coordenador do curso de Educação Física do UNIFACID Wyden, as principais formas de prevenção e cuidados com o coração se baseiam em: alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos. Ele garante que “o exercício físico auxiliará na prevenção e tratamento dessas patologias cardíacas. Nesse sentido, não apenas retirará esse indivíduo do espaço e da comodidade do repouso, como também melhorará a qualidade de vida”.

O profissional destaca a importância de uma análise com um profissional da área da cardiologia para as pessoas diagnosticadas com essas doenças: "[...]  “é preciso ter uma verificação pelo cardiologista, pois é ele quem qualifica e classifica o tipo de cardiopatia, o que permite direcionar os exercícios”. 

Hélio acrescenta ainda uma diferença importante: “atividade física é tudo aquilo que fazemos para sair do repouso sem acompanhamento, como as danças do TikTok, YouTube ou caminhadas que fazemos despretensiosamente pelo shopping, por exemplo”, explica. Por outro lado, quando se procura “melhorar a qualidade de vida, se o objetivo é ganhar massa muscular ou reduzir o percentual de gordura, é necessário ter um profissional de educação física junto”, diz o professor.

Logo, danças, caminhadas, musculação, treinamento de força ou resistência são os melhores aliados para manter uma boa saúde do coração. É recomendado sempre buscar a avaliação de profissionais da área da cardiologia para identificação e tratamento de doenças cardiovasculares.

(*Gabriel Bentes, estagiário sob supervisão do Editor Web de OLiberal.com, Felipe Saraiva)

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