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Depressão ou anemia? Sintomas semelhantes podem confundir o diagnóstico; veja as diferenças

Médica alerta sobre a importância da avaliação médica para identificar corretamente cada doença

*Ayla Ferreira
fonte

Cansaço excessivo, falta de disposição, dificuldade de concentração e palidez são sintomas que podem indicar tanto depressão quanto anemia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 4,4% da população mundial sofre de depressão, enquanto a anemia afeta aproximadamente 30%, tornando-a um problema de saúde pública global. 

De acordo com a médica Bárbara de Alencar, a diferenciação entre os dois quadros é essencial para garantir o tratamento correto. “A depressão e a anemia são condições comuns na prática clínica. Ambas podem apresentar sintomas semelhantes, como fadiga, desânimo e dificuldade de concentração. Contudo, são doenças distintas com abordagens terapêuticas completamente diferentes. O reconhecimento dessas diferenças é fundamental para evitar diagnósticos errôneos e garantir um tratamento adequado para cada paciente”, destaca.

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Ainda segundo a médica, além dos sintomas em comum, a origem de cada condição é distinta. “A anemia, geralmente causada por deficiência de ferro, vitamina B12 ou outras alterações no sangue, pode ser confirmada por exames laboratoriais, como hemograma. Já a depressão tem uma base multifatorial, envolvendo aspectos neurológicos, genéticos e ambientais, sendo diagnosticada principalmente por avaliação clínica. Por isso, diante de sinais persistentes, é essencial buscar orientação médica para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado”, orienta.

O que é depressão 

Segundo a OMS, o Brasil é o país com maior prevalência do transtorno depressivo na América Latina. O diagnóstico da depressão é essencialmente clínico, baseado nos critérios do DSM-5 ou CID-10. Muitas vezes, aplicam-se questionários como a Escala de Depressão de Beck como forma de avaliar a gravidade da doença.

O transtorno mental pode surgir mesmo sem uma causa evidente e se estender por dias, meses e até mesmo anos. O tratamento deve ser adaptado às necessidades de cada pessoa e ser desenvolvido com uma equipe de profissionais qualificados, como psiquiatras e psicólogos. 

“É importante realizar exames laboratoriais para descartar causas orgânicas de sintomas semelhantes, como os da anemia, que é diagnosticada laboratorialmente, com hemograma e exames complementares, como dosagem de ferritina, ferro sérico, vitamina B12 e ácido fólico, entre outros”, enfatiza a médica.

O que é anemia

Ao contrário do que se imagina, existem sete tipos diferentes de anemia. Desde a mais conhecida, causada pela deficiência de ferro, até a anemia aplásica, causada por problemas na medula óssea, onde o tecido deixa de produzir hemácias, neutrófilos e plaquetas, elementos que compõem a linha de defesa do organismo. Para todos os casos, é necessário o suporte de um profissional da saúde, para realizar o diagnóstico e propor um tratamento específico para cada paciente. 

Conheça os tipos de anemia

  • Anemia ferropriva: o ferro é essencial para a formação das hemácias, e a deficiência deste mineral resulta na redução do número dessas células.
  • Anemia megaloblástica: causada pela deficiência de vitamina B12 e ácido fólico. O nome se dá em função do aumento do tamanho das hemácias em resposta ao menor número no organismo.
  • Anemia falciforme: tem origem na má formação das hemoglobinas, onde as hemácias adquirem a forma de foice.
  • Talassemia: de natureza hereditária, pode causar diversos níveis de alterações na hemoglobina, como minor, intermediária e major.
  • Anemia aplásica: causada por problemas na medula óssea, onde o tecido deixar de produzir adequadamente hemácias, os neutrófilos e as plaquetas
  • Anemia hemolítica autoimune: o organismo passa a produzir anticorpos que atacam e destroem as hemácias, em um processo conhecido como “hemólise”
  • Anemia por inflamação: relacionada a uma condição inflamatória, devido a uma infecção, ou como consequência de uma doença autoimune

Fonte: Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP)

*Ayla Ferreira, estagiária de Jornalismo, sob supervisão de Camila Guimarães, repórter de oliberal.com

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