Dengue: veja como se prevenir contra a doença mesmo no verão
A Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) orienta sobre os cuidados neste período, principalmente para as pessoas costumam ir para as praias e deixam as residências vazias
Apesar da quantidade de chuva ser menor, no verão amazônico, é preciso ficar em alerta sobre a dengue mesmo na temporada mais quente do ano. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), a população precisa colaborar, principalmente nos casos em que as pessoas costumam ir para as praias e deixam as residências vazias e há acúmulos indevidos de água.
A mesma recomendação vale aos proprietários que reformam as residências nessa época e deixam quintais cheios de matériais com potenciais viveiros para os mosquito aedes aegypti- transmissor da dengue - como tampas, latas de tintas sem uso e entulhos em geral.
Mesmo com os casos de dengue em queda no Pará, a recomendação é não acomodar-se com as medidas de prevenção. Segundo a coordenadora de Arboviroses da Sespa, é importante levar repelentes para locais que tenham confirmação de casos de dengue e caso haja suspeita da doença, que os pacientes refiram o local onde estiveram na hora do atendimento com o profissional da saúde. Atenção, ainda, quando voltar para o lar: “Ao retornar para casa, é importante eliminar qualquer foco de água parada”, recomenda.
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Dados sobre a dengue em 2023
De acordo com os números da Coordenação de Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), entre primeiro de janeiro e 30 de junho foram registrados 3.096 casos da doença. O quantitativo é menor em relação aos dados do ano passado, com 3.923 – configurando uma redução de 21,08%.
Quais municípios do Pará com maior registro de dengue em 2023?
Os cinco municípios com maior incidência de casos de dengue confirmados neste ano são:
- Parauapebas (304);
- Belém (266);
- Altamira (241);
- Afuá (209);
- Vitória do Xingu (187).
Sobre as notificações e mortes de dengue no Pará
A Sespa orienta que as Secretarias Municipais de Saúde informem em um período de 24 horas a ocorrência de casos graves e mortes suspeitas. Para a confirmação de óbitos é necessária a investigação epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios credenciados do Estado, como Laboratório Central (Lacen) e Instituto Evandro Chagas (IEC) – que são preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue – para o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Trabalho de prevenção da dengue no Pará
A Sespa faz o monitoramento dos 144 municípios que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e distribui às prefeituras inseticidas (larvicidas e adulticidas) para o controle. A secretaria também faz visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa da dengue, além de apoiar a capacitação sobre a febre chikungunya e de zika vírus.
Quando há necessidade, a Sespa também faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também fazem parte das ações atividades de educação e mobilização, visando a participação da população no controle da dengue.
Chikungunya x Zika vírus
O chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras. Já a febre por zika vírus leva a sintomas que se limitam a no máximo 7 dias e não deixa sequelas. Não há registro de casos de morte provocados pela doença.
A Sespa também deixa claro que a preocupação com a zika segue os mesmos procedimentos em relação à dengue e à chikungunya. O tratamento é apenas paliativo, de suporte e de correção de sequelas. Logo, é preciso diminuir a incidência do mosquito transmissor.
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