Covid-19: OMS monitora nova subvariante Ômicron XBB.1.16, predominante na Índia
A subvariante está circulando há alguns meses, disse a líder técnica de covid-19 da OMS, observando que não parece causar doença mais grave.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quarta-feira (29) que está monitorando a subvariante Ômicron, XBB.1.16, documentada principalmente na Índia. A cepa foi relatada em 22 países, com a maioria dos casos de covid-19 vindo do país asiático.
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"Ela apresenta mudanças potenciais que precisamos observar com atenção [...] Na Índia, XBB.1.16 substituiu as outras variantes que estão em circulação", disse Maria Van Kerkhove, líder técnica de covid-19 da OMS, em uma coletiva de imprensa.
A Índia está vendo um aumento nos casos de infecção pelo coronavírus. Segundo a OMS, o país está experimentando o maior aumento proporcional de casos da região, relatando mais de 10,5 mil novos casos nas últimas quatro semanas em comparação com quase 3 mil infecções durante as quatro semanas anteriores.
A subvariante está circulando há alguns meses, disse Van Kerkhove, observando que não parece causar doença mais grave. "Não vimos mudança na gravidade em indivíduos ou em populações, mas é por isso que temos esses sistemas em vigor", disse ela. "Sistemas para rastrear as variantes do vírus, colaborações globais para avaliar a transmissibilidade, a fuga imunológica, a gravidade e o impacto de quaisquer intervenções, incluindo diagnósticos, terapias e vacinas", explicou a líder técnica.
Semelhança com outra variante
De acordo com Van Kerkhove, a cepa é semelhante a XBB.1.5, que é dominante nos Estados Unidos. "Ela tem uma mutação adicional na proteína spike, que em estudos de laboratório mostra aumento da infectividade e potencial patogenicidade aumentada", disse Van Kerkhove. A XBB.1.16 foi documentada nos EUA, mas ainda não aparece no rastreador de variantes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
A subvariante é apenas uma das mais de 600 subvariantes Ômicron que a OMS está monitorando.
"Uma das coisas que estamos muito preocupados é o potencial do vírus mudar para se tornar não apenas mais transmissível, mas também mais grave [...] Então, temos que permanecer vigilantes", disse Van Kerkhove.
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