Sete estados do Brasil têm alta em casos de síndrome respiratória aguda grave; veja lista

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela crescimento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) associados à covid-19 em sete estados brasileiros, de acordo com a nova edição do boletim semanal Infogripe divulgado nesta segunda-feira (27). Análises laboratoriais indicam que a covid-19 é a principal causa do aumento de ocorrências em adultos e idosos nos estados da Bahia, Ceará, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. O levantamento da Fiocruz observou estabilidade em curto prazo na maioria do país, mas aponta para um sinal de crescimento de casos em 18 unidades federativas no longo prazo.

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A SRAG é uma complicação respiratória que demanda hospitalização e está associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. Levando em conta os dados nacionais, a prevalência entre os casos de SRAG com diagnóstico positivo para infecção viral foi de 48,6% para a covid-19 nas quatro últimas semanas epidemiológicas. E, considerando apenas as ocorrências que resultaram em morte, 83,3% estiveram relacionadas com a covid-19.

O boletim também destaca o aumento em fevereiro de casos de SRAG em crianças e adolescentes decorrentes de infecção por outros vírus, especialmente nas regiões Sudeste e Sul do país. Em alguns estados, como Bahia, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, observa-se um aumento de casos positivos para rinovírus na faixa etária até 11 anos, além de ocorrências envolvendo crianças pequenas associadas ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

Imunização

Os pesquisadores lembram que os pais devem levar seus filhos aos postos de saúde durante a campanha de imunização contra a covid-19 iniciada em fevereiro e também para receber a vacina contra o vírus da gripe (influenza A e B), o que contribui para a prevenção de quadros graves de dificuldade respiratória.

Dados gerais

Até o momento, já foram registrados no país 27.528 casos de SRAG em 2023, dos quais pelo menos 9.676 (35,1%) estão ligados a alguma infecção viral, enquanto 3.180 (11,6%) ainda estão sendo analisados. O boletim Infogripe é baseado em dados inseridos até o dia 13 de março no sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por estados e municípios.