Cientistas descobrem método para evitar metástase em casos de câncer de mama
O estudo, coordenado por cientistas britânicos, representa um avanço histórico nas pesquisas sobre o câncer de mama
Cientistas do Instituto de Pesquisa do Câncer (ICR) do Reino Unido descobriram o mecanismo que leva ao risco de recorrência de câncer de mama positivo para receptor de estrogênio (ER+) em outras partes do corpo anos após o tratamento do tumor primário. A pesquisa, publicada na revista Nature Cancer, revela como as células de câncer de mama acordam anos após o tratamento bem-sucedido, levando a um quadro de metástase no pulmão.
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Os pesquisadores descobriram que a proteína PDGF-C, presente no pulmão, desempenha um papel fundamental para influenciar se as células inativas do câncer de mama permanecem adormecidas ou acordam. Quando o nível de PDGF-C aumenta, as chances de as células cancerígenas latentes crescerem e se transformarem em um câncer de mama secundário são potencializadas. Esse aumento é mais provável em idosos ou quando o tecido do órgão está desgastado ou cicatrizado.
Os pesquisadores realizaram testes em camundongos com tumores ER+ para bloquear o aumento da proteína PDGF-C. O uso do medicamento imatinib antes e depois do desenvolvimento dos tumores reduziu significativamente o crescimento do câncer secundário. O imatinib é utilizado atualmente para tratar pacientes com leucemia mielóide crônica.
“Descobrimos como o envelhecimento do tecido pulmonar pode fazer com que as células cancerosas ‘despertem’ e se transformem em tumores, e encontramos uma estratégia potencial para ‘desarmar’ essas ‘ bombas-relógio’”, afirma Frances Turrell, uma das autoras do estudo.
A equipe planeja seguir com as pesquisas para compreender como os pacientes humanos podem se beneficiar do uso do imatinib. A longo prazo, eles pretendem desenvolver tratamentos específicos para combater o câncer de mama ER+.
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