Cerveja pode diminuir tamanho do cérebro, aponta estudo

Consumo diário de bebidas alcoólicas afeta a estrutura e o tamanho do órgão

Emilly Melo

Um estudo apontou que o consumo diário de cerveja pode afetar a estrutura e o tamanho do cérebro, mesmo que em pequenas quantidades. Os pesquisadores descobriram que o álcool pode acelerar o processo de envelhecimento do cérebro se consumido todos os dias. 

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O estudo, publicado na revista científica Nature Communications, foi realizado com 36.678 pessoas, sendo que 52,8% eram do sexo feminino, com idades entre 40 e 69 anos, e liderado por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. 

"Esse estudo fornece evidências adicionais para uma associação negativa entre ingestão de álcool e macroestrutura e microestrutura cerebral em uma amostra da população geral de adultos de meia-idade e idosos", explicam os autores do estudo.

"A maioria dessas associações negativas são aparentes em indivíduos que consomem uma média de apenas uma a duas unidades diárias de álcool".

Pesquisa

A medida estabelecida na pesquisa foi de 10 ml, ou seja, uma lata de cerveja ou uma taça de vinho representaria duas unidades. As alterações do cérebro foram pareadas em idade, altura, sexo, Índice de Massa Corporal (IMC), consumo de tabaco, status socioeconômico, ascendência genética e município de residência.

Os pesquisadores afirmam que passar o limite de duas ou três unidades da medida estabelecida na pesquisa pode reduzir tanto a substância cinzenta quanto a branca. Além disso, pessoas a partir dos 50 anos que consomem diariamente uma lata de cerveja ou uma taça de vinho podem ter o envelhecimento do cérebro em dois anos

Na próxima etapa da pesquisa, a equipe quer descobrir o efeito do consumo de álcool em ocasiões mais específicas, como o consumo aos finais de semana. "Este estudo analisou o consumo médio, mas estamos curiosos para saber se beber uma cerveja por dia é melhor do que não beber nenhuma durante a semana e depois sete no fim de semana”, completa o cientista.

(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)

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