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Zelensky pede à UE que mantenha pressão sobre a Rússia

AFP

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pediu nesta quinta-feira (20) à União Europeia (UE) que mantenha a pressão sobre a Rússia, antes de novas conversas que russos e ucranianos terão separadamente com representantes dos Estados Unidos, na próxima semana.

Zelensky, que falou por videoconferência com uma cúpula de líderes da UE em Bruxelas, afirmou que, apesar das declarações do presidente russo, Vladimir Putin, sobre sua disponibilidade para a paz, "nada mudou".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manteve esta semana conversas por telefone com Putin e, em seguida, com Zelensky.

Os contatos, no entanto, não tiveram efeito imediato, e a Rússia voltou a bombardear na quarta-feira as infraestruturas energéticas ucranianas.

Zelensky denunciou aos dirigentes da UE os ataques russos à infraestrutura energética. "Enfrentamos isso todos os dias e todas as noites", lamentou.

"Apesar das palavras de Putin sobre supostamente estar pronto para parar os ataques, nada mudou", garantiu em sua mensagem à União Europeia.

Também pediu que o bloco mantenha vigentes suas sanções "até que a Rússia comece a se retirar" do território ucraniano e "compense pelos danos causados por sua agressão". "As sanções são muito, muito necessárias", enfatizou.

Na cúpula da UE em Bruxelas, a Hungria voltou a apresentar nesta quinta-feira a nota discordante.

No encontro, 26 países da UE apoiaram um novo pacote de ajuda de 5 bilhões de euros (R$ para a Ucrânia, embora a Hungria tenha se negado a apoiar a iniciativa, lançada pela chefe da diplomacia do bloco, Kaja Kallas.

Na rede X, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, ameaçou até mesmo vetar a adesão da Ucrânia à UE antes de consultar a sociedade húngara.

Em relação ao discurso de Zelensky, Orbán foi categórico: "Não diria que participou do debate de uma forma amigável".

Zelensky, disse Orbán, "age como se a Ucrânia já estivesse na UE e, portanto, pudesse usar um tom mais duro. Mas, na realidade, ele não pode fazer isso, pois é um país aspirante que busca se juntar à UE".

Essa é a segunda cúpula consecutiva da UE em que a Hungria bloqueia a unanimidade em um texto comum sobre a Ucrânia, já que fez o mesmo na reunião extraordinária de 6 de março.

Durante o dia, a Rússia anunciou que realizará uma nova rodada de conversas com representantes dos Estados Unidos na próxima semana e, pouco depois, a Ucrânia fez o mesmo.

Em Moscou, o porta-voz Dmitri Peskov confirmou que uma equipe russa conversará com enviados americanos na segunda-feira na Arábia Saudita.

Zelensky, por sua vez, anunciou que as delegações da Ucrânia e dos Estados Unidos também se reunirão na segunda-feira na capital saudita.

Segundo o presidente ucraniano, essas reuniões serão separadas dos encontros entre funcionários russos e americanos, que têm como objetivo chegar a um acordo sobre os termos do cessar-fogo nos ataques à infraestrutura energética.

No Reino Unido, os chefes do Estado-Maior de cerca de trinta países se reuniram nesta quinta-feira para discutir como manter a paz caso haja um acordo de trégua entre russos e ucranianos.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que organizou a cúpula militar, está trabalhando com o presidente francês, Emmanuel Macron, para construir a chamada "coalizão de voluntários".

Segundo Starmer, esses planos "estão tomando forma" e o objetivo é tornar realidade a "intenção política" de garantir a segurança da Ucrânia caso haja um cessar-fogo.

Em caso de trégua, Starmer e Macron desejam enviar tropas para a Ucrânia como parte de uma força de paz.

De acordo com o governo britânico, um "número significativo" de países está disposto a fazer o mesmo, mas ainda não foram fornecidos números concretos.

No terreno, a violência não para. A Força Aérea da Ucrânia disse nesta quinta-feira que a Rússia lançou 171 drones em todo o seu território durante a noite de quarta, e que duas pessoas morreram.

"Com cada ataque, os russos expõem ao mundo sua verdadeira atitude em relação à paz", afirmou Zelensky nas redes sociais.

A Rússia disse que suas unidades de defesa aérea derrubaram 132 drones ucranianos em várias regiões de todo o país.

bur-ahg/pc/meb/ic/aa/am

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