CPI das ONGs: Sílvia Waiãpi acusa Magazine Luiza de promover a fome do povo Yanomami
Segundo Sílvia, a venda de cogumelos sanöma, também conhecido como cogumelo yanomami, colabora para que os indígenas não tenham a alimentação necessária.
A deputada federal Sílvia Waiãpi (PL-AP) depôs pela segunda vez à CPI das ONGs nesta terça-feira (1). Em determinado momento de sua intervenção, a parlamentar acusou a empresa Magazine Luiza de promover a fome na aldeia dos Yanomami. Segundo Sílvia, a empresa compra cogumelos dos indígenas para vender em seu site e isto estaria causando a falta do importante alimento yanomami.
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Segundo Sílvia, a venda de cogumelos sanöma, também conhecido como cogumelo yanomami, colabora para que os indígenas não tenham a alimentação necessária. "O Magazine Luiza vende cogumelo yanomami, franqueia o cogumelo e ajuda a financiar a fome dos indígenas yanomamis", afirmou a parlamentar, apresentando logo depois um vídeo mostrando o site da empresa de varejo.
A deputada mostrou ainda um pacote de cogumelos e explicou que eles são uma fonte de alimentação importante para os indígenas, especialmente nos períodos de chuva, quando a caça é escassa e não há outras fontes de alimento disponíveis.
Para Waiãpi, a venda de cogumelos na internet impacta a situação de fome verificada em povos indígenas. “Isso significa que um indígena ficou sem comer. Esse cogumelo é rico em proteínas. Eles [os indígenas] procuram na mata e não encontram”, acusou a parlamentar.
Apesar de se considerar membro da aldeia Waiãpi, Sílvia é acusada de representar interesses ligados ao desmatamento e ao agronegócio ilegal na Amazônia, fazendo lobby para os setores. Bolsonarista declarada, a indígena recebeu apenas 31 votos na seção eleitoral dos waiãpi nas últimas eleições, o que mostra um alto índice de rejeição da parlamentar junto a sua aldeia.
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