Sessão do parlamento é marcada por pancadaria entre congressistas da oposição e da base do governo
Parlamentares se agrediram com chutes, socos e puxões de cabelo
Parlamentares se agrediram com chutes, socos e puxões de cabelo
Uma sessão pública realizada nesta terça-feira (23) no Parlamento da Bolívia foi marcada por briga generalizada entre congressistas da oposição e da base do governo. Imagens mostram a troca de chutes, socos e puxões de cabelo, neste que é mais um episódio da polarização no país: segundo a oposição, a Bolívia tem 180 presos políticos, acusados pelo governo esquerdista de apoiar um suposto golpe de Estado contra o ex-presidente Evo Morales em 2019 e de dar suporte a sua sucessora, a direitisa Jeanine Áñez, que também está presa.
A briga desta terça-feira começou após o ministro de Governo (Interior, Casa Civil no Brasil), Eduardo del Castillo, criticar os parlamentares do 'Creemos', partido de Luis Fernando Camacho, governador da região de Santa Cruz (leste) e principal nome da oposição do país. Eles foram chamados de "grupos radicais, ladrões, violentos que vieram roubar a carteira do povo boliviano" pelo representante do governo. Del Castillo foi convocado ao Parlamento para apresentar um relatório sobre a detenção de Camacho, ocorrida em dezembro do ano passado.
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Nesse momento, um grupo de parlamentares da oposição exibiu cartazes com frases como "com presos políticos não há democracia" e outra com uma foto de Del Castillo e a legenda "ministro do terror". Congressistas governistas avançaram contra as opositoras para arrancar os cartazes, o que provocou o início da troca de agressões. Nenhuma parlamentar ficou gravemente ferida.
A apresentação do relatório foi suspensa por alguns minutos e María René Álvarez, deputada do 'Creemos', culpou o ministro Del Castillo por ter estimulado um clima de beligerância.