CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Senador Flávio Bolsonaro fala em 'perseguição' contra o pai e defende anistia 'ampla e irrestrita'

Declaração foi feita no Senado Federal na tarde desta terça-feira (26/11)

O Liberal
fonte

Nesta terça-feira (26/11), no Senado, em Brasília (DF), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL-RJ), falou em uma “perseguição” contra o pai dele e defendeu uma anistia “ampla, geral e irrestrita”.

Flávio fez a fala, após a divulgação do relatório de 884 páginas da Polícia Federal em relação ao inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado no final da gestão passada.

Ele afirmou que a perseguição contra Bolsonaro e contra a direita não começou em 2022, em 2023 ou em 2024. "Começou muito antes, mas, para ser breve aqui, o único caminho para alguma normalidade e para algum reequilíbrio entre os Poderes é uma anistia que tem que ser ampla, geral e irrestrita – estou cada vez mais convicto disso -, que inclua, inclusive, o ministro Alexandre de Moraes, porque ele já deu vários exemplos de descumprir a lei do impeachment, no seu art. 39, inciso II, que fala muito claramente – eu vou ler aqui, para não falar errado – ‘proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa’. Isso é inquestionável, é um consenso entre todos aqui no Brasil”, declarou Flávio Bolsonaro.

VEJA MAIS

image Militares elaboraram plano de fuga para Bolsonaro caso suposto golpe fracassasse, diz PF
As informações estão em um relatório de 884 páginas da PF, enviado ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que retirou o sigilo do documento e o encaminhou nesta terça-feira, 26, à Procuradoria-Geral da República

image Relatório da PF diz que Marinha tinha tanques à disposição para suposto golpe
Comandantes do Exército e da Aeronáutica se recusaram a participar de plano

“E que essa anistia tem que se estender também aos policiais federais que estão se prestando a esse papel, que acabaram de indiciar, por exemplo, dois deputados federais, Marcel van Hattem e Cabo Gilberto Silva, por usarem a tribuna, e fazerem uma crítica à Polícia Federal, e chamarem um dos delegados de cachorrinho de Alexandre de Moraes, o que é uma verdade, é uma opinião, e todo parlamentar deveria ter a sua imunidade parlamentar para fazer uso da palavra respeitada pela Polícia Federal. Não são poucos os crimes cometidos por Alexandre de Moraes e por esse grupo especial de Lula na PF. E o que começa errado não tem como terminar certo. Nunca vi ninguém que faz o que Alexandre de Moraes está fazendo no mundo que, em determinado tempo, não vá sofrer as consequências pelas ilegalidades, arbitrariedades e abusos que cometeu”, acrescentou.

O relatório da Polícia Federal foi enviado nesta terça pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Procuradoria-Geral da República (PGR). A Polícia Federal concluiu que Jair Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva” dos atos realizados por uma organização criminosa que buscou dar um golpe de Estado no Brasil. A corporação indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas.

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse que, “ao defendermos uma anistia, não o fazemos porque queremos anistiar crimes, até porque defendemos que aqueles que depredaram sejam punidos, nós queremos desarmar espíritos, nós queremos a volta da normalidade democrática, nós queremos que a Constituição seja cumprida, nós queremos que o escudo que nos protege e a lei possam voltar a vigorar em nosso país – é esse o sentido – e que a discussão política, importante e essencial, aconteça neste Parlamento, no Congresso Nacional”.

“Nós não podemos mais banalizar o fato de que Ministros do Supremo Tribunal Federal estejam constantemente fazendo política, fazendo declarações políticas, além das suas prerrogativas de magistrados. Isso desequilibra a democracia brasileira”, completou.

Parlamentares da oposição vêm defendendo a anistia ampla como uma espécie de solução para investigados e envolvidos nas investigações, inclusive autoridades, não apenas os condenados pelos atos violentos do 8 de janeiro de 2023, por exemplo.

Até o momento, porém, não há indicativos de que há espaço para uma iniciativa desse tipo. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na prática, fez parar a tramitação de um texto que trata da anistia a culpados pelo 8 de janeiro, entre outros, por meio da criação de uma comissão especial, que está parada.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱

Palavras-chave

Política
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍTICA

MAIS LIDAS EM POLÍTICA