MENU

BUSCA

Relatora da CPMI diz que STF faz ‘interferência indevida de Poder sobre outro' após decisão

Ministro André Mendonça autorizou Osmar Crivelatti a faltar ao depoimento marcado para esta terça-feira (19)

O Liberal

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques às sedes dos três poderes em 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), criticou em suas redes sociais decisões dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiram que depoentes convocados pelo colegiado faltassem aos depoimentos.

VEJA MAIS

Após adiar depoimento de Braga Netto, CPMI do 8 de janeiro ouve ex-subordinado de Mauro Cid
Osmar Crivelatti foi coordenador administrativo da Ajudância de Ordens da Presidência da República e ainda assessora do ex-presidente Jair Bolsonaro

CPMI ouve general que era chefe do Quartel em Brasília onde manifestantes acamparam após as eleições
Depoimento do general Gustavo Henrique Dutra começou na manhã desta quinta-feira. Segundo ele, Exército usou uma estratégia "indireta" para desmobilizar grupo e ela foi "adequada"

Nesta segunda-feira (18), o ministro André Mendonça dispensou a ida à Comissão de Osmar Crivelatti, ex-assessor da Presidência da República e que atualmente integra a equipe do ex-presidente Jair Bolsonaro. Crivelatti foi coordenador administrativo da Ajudância de Ordens da Presidência da República e era subordinado ao tenente-coronel Mauro Cid. Antes da decisão de Mendonça, houve uma decisão do ministro Nunes Marques no mesmo sentido.

PM agredida no 8 de janeiro diz à CPMI que invasores estavam 'organizados'
Marcela Pinno chegou a ser atirada de uma das cúpulas do Congresso Nacional enquanto tentava conter os invasores

Gonçalves Dias sobre 'tranquilidade' no Planalto em 8 de janeiro: 'Não adiantava sair batendo'
Ex-ministro do GSI da Presidência da República falou sobre as

"Liminares recentes de ministros do STF q/ desobrigam ida de depoentes à CPMI ferem de morte § 3º do art. 58 da CF, quando nos retiram poderes próprios de investigação de autoridade judicial. Lamentáveis decisões e indevida interferência de Poder sobre outro", escreveu Eliziane em suas redes sociais. 


Na maioria das vezes, as decisões dos ministros autorizam o silêncio, sem impedir o depoimento. Porém, cada magistrado pode ter um entendimento diferente. 

Em sua decisão, Mendonça argumentou que já há entendimento do STF no sentido de que para um investigado o direito a não autoincriminação abrange a faculdade de comparecer ao ato, ou seja, se "ninguém é obrigado a se incriminar", inexiste obrigatoriedade ou sanção pelo não comparecimento. 

Política