Promotoria define novas diligências no caso dos brigadistas de Alter do Chão
Caso é relacionado ao incêndio ocorrido em setembro de 2019 em Santarém
A Promotoria de Justiça de Santarém devolveu na segunda-feira (20), os autos de Inquérito Policial relacionado ao incêndio ocorrido em setembro de 2019 na Vila de Alter do Chão, e que levou à prisão de quatro brigadistas em novembro de 2019. Junto com os autos, o pedido de novas diligências policiais.
No dia 26 de novembro de 2019, os brigadistas Daniel Gutierrez Govino, João Victor Pereira Romano, Gustavo de Jesus Almeida e Marcelo Aron Cwerner foram presos por suspeita de terem iniciado o incêndio, e soltos em 28 de novembro por decisão do juiz.
Após conclusão do inquérito policial, em dezembro de 2019, os autos foram enviados à Promotoria de Justiça de Santarém e recebidos em janeiro de 2020, após o período de recesso institucional. A Polícia Civil indiciou os quatro brigadistas e também Ronnis Repolho Blair, o "Cebola", por dano a unidades de conservação e áreas de proteção ambiental, concurso de pessoas e associação criminosa.
Cinco promotores de Justiça foram designados para atuação conjunta no processo, que decidiram pela necessidade de novas diligências a serem cumpridas pela polícia, como apresentação de laudos, inquirição de testemunhas e outros.
Defesa
Por meio de nota divulgada, a assessoria dos advogados Augusto de Arruda Botelho e Fernando da Nóbrega Cunha, que atuam na defesa dos suspeitos de iniciar o incêndio, declararam que, a partir do pedido do MPPA, foi reaberto o caminho para o esclarecimento dos fatos.
"O pedido do Ministério Público Estadual do Pará reabre caminho para o esclarecimento da verdade dos fatos em relação ao alegado envolvimento dos brigadistas voluntários nos incêndios em Alter do Chão. Precipitação e falhas do inquérito, indiciamento sem provas, necessidade de mais testemunhos e de inclusão do laudo da perícia conduzida pela Polícia Federal são problemas que agora poderão ser corrigidos pela Polícia Civil", informou a nota.
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