Polícia Federal apreende documentos de pesquisa eleitoral suspeita

Investigação apura se houve ou não manipulação nos dados da empresa Doxa, divulgados em programa de rádio

Portal ORM
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A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da Empresa Doxa e Arte Comunicação Ltda., no início da tarde deste sábado (27), no bairro do Marco, em Belém.

Sob determinação do Tribunal Regional Eleitoral, a Polícia Federal recolheu documentos, contratos, notas fiscais, telefones, aparelhos celulares, computadores, HDs, pendrives e outras mídias de armazenamento de dados referentes à pesquisa eleitoral registrada sob o número 03131/2018 no Tribunal Superior Eleitoral.

Segundo o advogado Antônio Graim, da coligação "O Pará Daqui pra Frente", uma representação cível-eleitoral foi levada ao Tribunal Regional Eleitoral e ao Ministério Público Eleitoral.


"O que chamou atenção foi que, durante entrevista, ele [um representante da empresa Doxa] disse estar de posse de uma pesquisa, mas que esta ainda não estaria concluída, que ainda estaria levantando os dados", afirmou Graim. "Este fato chamou a atenção da coligação 'O Pará Daqui pra Frente', que entrou com pedido de averiguação por haver indícios de crime de divulgação de pesquisa fraudulenta." 

PESQUISA PODE TER SIDO MANIPULADA

O advogado Antônio Graim disse ainda que cabe à Polícia Federal "investigar se houve ou não manipulação nos dados que foram divulgados", uma vez que a empresa Doxa, após registrar a pesquisa, precisaria aguardar um prazo de cinco dias antes de divulgar os dados.

Esses dados, ainda segundo o advogado da coligação, foram divulgados antes do prazo por meio de um programa de rádio. "Isso mostrou indícios que poderia estar sendo manipulado algum tipo de informação dentro desta pesquisa", afirmou.

EM DEFESA DA DOXA

O cientista político, Dornélio Silva, Diretor do Instituição Doxa, se defendeu dizendo que desde 2017 a empresa faz pesquisas eleitorais. "Então, eu fiz uma análise conjuntural de como estava o processo eleitoral no Estado do Pará. Eu não antecipei absolutamente nada, eu apenas analisei, não disse números nenhum", disse.

Sobre a comparação feita por ele, durante a entrevista prestada em uma emissora de rádio, ele afirma ter dito que os candidatos "já estariam empatados". Mas Silva esclareceu que usou como base de análise os dados nos estudos que já tinham sido feitos pela Doxa. "Não estava revelando nenhum número, porque a gente obedece a lei e a lei é muito clara", afirmou.

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