Parlamentares paraenses falam sobre expectativas com os novos presidentes da Câmara e do Senado

Eles apontam melhorias no diálogo e em dinâmicas internas das casas

Maycon Marte

Após a posse de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para o Senado, parlamentares paraenses avaliam os nomes de forma positiva e esperam melhorias. O deputado federal Joaquim Passarinho (PL) e o senador Jader Barbalho (MDB) avaliam defendem a possiblidade de um bom diálogo interno. “O que a gente vai pretender do presidente Motta é que ele ouça mais os partidos, as frentes parlamentares, para que a gente possa ter certeza que o curso com mais calma”, avalia Passarinho.

O deputado federal avalia que as “forças políticas não mudam muito”, mas estima que as pautas e algumas dinâmicas de trabalho podem melhorar, devido à postura mais mediadora do novo presidente da Câmara. Entre elas, a antecipação dos projetos para votação, por exemplo, que, segundo ele, eram enviados muito em cima da hora. “Uma das coisas que nós todos reclamamos aqui, é que as matérias aparecem no último dia e na hora de votação a gente não tem parecer, não dá para estudar. Então, ter essa previsibilidade do que se vai votar, pelo menos o dia anterior”, observa.

No seu caso em específico, o diálogo com Motta tende a ser ainda mais próximo, já que os partidos de ambos têm um histórico de companheirismo. “O Republicanos foi talvez um dos maiores aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, então a nossa relação com eles é muito boa e sempre foi”, afirma. 

Neste momento, a palavra de ordem para ele é “ocupar espaço”, e fazer isso através das comissões é um passo importante para ter voz nas decisões, o que, segundo ele, não foi viável na gestão anterior, já que a sua sigla fez oposição ao ex-presidente da casa. “Nós estamos pleiteando a comissão de justiça a continuar conosco, nós temos a comissão de orçamento, educação, temos uma comissão de meio ambiente, de agricultura e minas e energia que são comissões importantes para nós”, exemplifica.

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Prioridades

Questionados sobre o que deveria ser prioridade entre as pautas nas duas casas legislativas, a intenção é de que se faça valer o voto. Passarinho aponta os projetos relacionados à economia como prioridade e defende os projetos que se alinham diretamente à agenda da sigla. Mas, não exclui a importância de votar quaisquer outros, mesmo os que fogem da cartilha do seu partido.

“O que a gente pede sempre é que o Congresso possa, seja a Câmara ou Senado, discutir todos os temas. Se nós vamos discutir a anistia ou não, tem que se discutir. A democracia é o voto, então, se a esquerda tem pautas para votar, vamos votar. Eu não tenho nenhum problema em botar ideologia de gênero para votar, bota tudo para votar, porque o que decide para nós é o voto”, avalia o deputado.

Em resposta ao Grupo Liberal, o senador Jader Barbalho destaca a experiência política de Alcolumbre. “É experiente, já presidiu o Senado entre 2019 e 2021 e nos últimos quatro anos comandou a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)”, lembra. Das prioridades na agenda do novo gestor, Jader aponta os projetos ligados às pautas sociais e econômicas.

“O senador Alcolumbre pretende trabalhar em defesa do diálogo, da construção coletiva e soluções compartilhadas, além de conduzir as tarefas legislativas com firmeza e independência, dando prioridade às pautas sociais e econômicas que beneficiem a população brasileira, em especial, os mais pobres”, observa Barbalho.

“O senador Alcolumbre pretende trabalhar em defesa do diálogo, da construção coletiva e soluções compartilhadas, além de conduzir as tarefas legislativas com firmeza e independência, dando prioridade às pautas sociais e econômicas que beneficiem a população brasileira, em especial, os mais pobres”, observa Barbalho.

O senador Zequinha Marinho, (Podemos/PA), avalia de forma positiva a vitória de Davi Alcolumbre, quem ele considera aberto ao diálogo e dinâmico. “O Congresso Nacional, especialmente, o Senado Federal, vai ter um ano muito mais produtivo do que anteriormente”, disse Zequinha, nesta segunda-feira (3/2).

“A falta de disposição para o diálogo dos dois presidentes anteriores não era muito boa. Daqui pra frente, vejo o Davi buscando a abertura de um diálogo permanente com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Pode contar que a gente vai ter um bom entrosamento entre as duas casas para os próximos anos”.

Sobre as emendas parlamentares, Marinho afirmou: “a preocupação já existe (provimento de recursos para emendas). Todavia, agora com a nova Mesa, acredito que isso será superado. O Davi é um cara que defende o grupo. Já fez isso no passado e voltará a fazer, caso contrário, a gente terá que parar tudo por aqui. E não é por aí que devemos levar essa conversa. Nós temos que corresponder às expectativas dos nossos eleitores, dos nossos municípios, que é a destinação de recursos para que as prefeituras sobrevivam e possam fazer investimentos em prol da população local”, concluiu o senador Zequinha Marinho.

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