Oposição venezuelana denuncia sequestro do líder do partido Vontade Popular (VP)

Nas redes sociais, o partido compartilhou imagens do momento em que o homem é supostamente sequestrado

Kamila Murakami
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O partido político venezuelano Vontade Popular (VP) usou as redes sociais para denunciar, nesta terça-feira (30/7), o sequestro do seu líder Freddy Superlano. A chapa faz oposição ao atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. As imagens compartilhadas pelo partido mostram o momento em que pessoas vestidas de preto "supostamente" interceptam o carro no qual Freddy estava e o retiram à força, colocando-o em seguida dentro de um caminhão.   

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Quem é Superlano?

Freddy Francisco Superlano, 47 anos, é fundador e coordenador nacional do Vontade Popular (VP), mas, abriu mão da candidatura às primárias presidenciais da oposição venezuelana em favor de María Corina Machado, da organização Vente Venezuela. Freddy é graduado em engenharia de sistemas e educação, e dedicou-se ao ensino por mais de 15 anos. Posteriormente, concluiu o mestrado em gestão e liderança educacional.

Supelano foi eleito em 2015 como deputado por Barinas, seu estado natal, quando a oposição venceu por maioria a Assembleia Nacional. Ele também assumiu a presidência da Comissão Permanente de Fiscalização no período de 2018-2019.

Em 2017 ele chegou a disputar as eleições para governador de Barinas, mas foi derrotado por Argenis Chávez, irmão do falecido presidente Hugo Chávez. À época, ele questionou o resultado. Dois anos depois, em 2019, ele se envolveu em um incidente confuso durante uma tentativa de levar ajuda humanitária para o território venezuelano, que não teve autorização de Maduro. Na ocasião, ele e o primo - que também era seu assistente - relataram terem sido drogados por duas mulheres. Um membro de sua família perdeu a vida como resultado do incidente.

Em 2021, concorreu novamente ao governo de Barinas e, embora num primeiro boletim o Conselho Nacional Eleitoral tenha anunciado que Argenis Chávez estava na frente, após completar a contagem dos minutos, uma semana depois foi anunciada a vitória de Superlano. Contudo, o Supremo Tribunal de Justiça, surpreendentemente, informou que ele estava inabilitado para exercer cargos públicos e que as eleições deveriam ser repetidas.

De acordo com a decisão do mais alto tribunal do país, que citou números do Poder Eleitoral, Superlano obteve 37,6% contra 37,21% do candidato do governista Partido Socialista Unido da Venezuela. A CNE não deu explicações sobre como conseguiu registrar a candidatura, fazer campanha e chegar ao dia das eleições caso fosse desclassificado.

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