Ministro das Comunicações diz que Belém fará parte da maior rede de internet por fibra do mundo

Juscelino Filho explica que infovia da capital paraense até Macapá vai conectar cidades da ilha de Marajó com investimento total na Amazônia de R$ 1 bilhão

O Liberal
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O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, vai estar em Belém nesta segunda-feira (11) para dar início à implantação de uma infovia com cabos de fibra ótica até Macapá (AP) - incluindo cidades na Ilha de Marajó.

“Este é um grande projeto que nos enche de orgulho. Não há nada semelhante em qualquer outro país. É levar internet veloz, de qualidade a municípios que têm difícil acesso. Só nesse trecho até Macapá são quase R$ 100 milhões de investimento. O projeto todo chega a mais de R$ 1 bilhão em toda a região da Amazônia”, diz.

Em entrevista exclusiva concedida ao Grupo Liberal, Juscelino disse que também cumpre agenda na cidade com outras ações de inclusão digital e melhoria da conectividade na região. Uma Blitz de Telefonia Móvel, em parceria com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), será iniciada em frente ao Solar da Beira. “A fiscalização vai passar a semana em diversos pontos da cidade e analisar a qualidade do sinal”, explicou.

Além disso, será realizada uma cerimônia no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia para doação de 1 mil computadores para laboratórios de informática no Pará e a formatura de 829 alunos de cursos de formação do Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC) de Belém.

Em Belém, o senhor vai iniciar a implantação de uma infovia. Do que se trata?

Juscelino Filho: Esse é um grande projeto que nos enche de orgulho. Belém vai fazer parte da maior rede no mundo de internet por fibra ótica submersa em rios. Não há nada semelhante em qualquer outro país. É levar internet veloz, de qualidade e de forma gratuita [a instituições e órgãos públicos] a municípios que têm difícil acesso. Onde a iniciativa privada não chega, o governo federal vai chegar. Só nesse trecho até Macapá são quase R$ 100 milhões de investimento. O projeto todo chega a mais de R$ 1 bilhão em toda a região da Amazônia. Durante quase um mês, uma plataforma com mais de 70 pessoas vai trabalhar 24 horas por dia para levar não só internet, mas também dignidade a esses brasileiros. Dessa forma, as escolas terão internet de qualidade, as unidades de saúde, as prefeituras, os fóruns, enfim, locais que servem o cidadão e que podem, efetivamente, melhorar a vida das pessoas.

As regiões Norte e Nordeste terão uma atenção especial do ministério, no que diz respeito a investimentos?

Com certeza! São regiões ainda com grande concentração de pobreza, quando observamos o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano]. E essa é uma missão dada pelo presidente Lula ao Ministério das Comunicações: atuar para levar internet de qualidade para as cidades mais pobres, para as regiões mais distantes e, com isso, contribuir para melhorar esses índices, porque inclusão digital também é inclusão social. Além disso, a geografia, o relevo, os rios e as grandes distâncias impõem desafios enormes na expansão da rede de telecomunicações. Por tudo isso, merecem uma atenção especial. Existe uma necessidade maior e mais urgente em levar infraestrutura para promover a inclusão digital.

E como funciona a Blitz de Telefonia Móvel que também será realizada?

Essa é uma fiscalização realizada pelo Ministério das Comunicações em parceria com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para identificar problemas de cobertura das operadoras. A fiscalização vai passar a semana em diversos pontos da cidade e analisar a qualidade do sinal e a taxa de download das faixas 4G e 5G. Ao final, é produzido um relatório e com esses dados o Ministério atua junto às operadoras para que tomem as providências, caso necessário, para ampliar a cobertura, melhorar o acesso à qualidade da telefonia e internet móvel e sanar os problemas. Se dentro do prazo de seis meses não solucionarem, receberão um selo de qualidade ruim. Se resolverem, terão selo de qualidade bom. E isso vai dar mais transparência para o consumidor escolher a sua operadora de preferência.

Além disso, está prevista a doação de 1 mil computadores para o estado. Para onde serão destinados?

Esses equipamentos são, na realidade, computadores que foram restaurados dentro dos Centros de Recondicionamento de Computadores (CRC), do Ministério das Comunicações, e que estão em pleno funcionamento e com total qualidade para serem utilizados em laboratórios de informática em Pontos de Inclusão Digital em todo o estado. E esse é um projeto fantástico. Esses centros que estamos levando para todas as capitais brasileiras recebem computadores que não estão mais em uso e seriam descartados pelas empresas, portanto, lixo eletrônico. São recondicionados pelos alunos que estão em capacitação profissional e transformados em laboratórios de informática. É um programa que cuida do meio ambiente ao dar destino no lixo eletrônico, é educação e capacitação profissional para o mercado de trabalho e é inclusão digital ao ampliar o acesso à internet e computadores em regiões e cidades que muitas vezes não têm laboratórios em escolas, entidades Etc. Recentemente firmamos uma parceria com a Caixa Econômica Federal e também estamos finalizando outra com o Banco do Brasil, o que vai ampliar, e muito, as doações. O ano passado foram pouco mais de 5 mil computadores doados e esse ano queremos chegar a 28 mil equipamentos.

E teremos nesta segunda-feira a formatura de mais de 800 estudantes que se capacitaram para trabalhar com manutenção de eletroeletrônicos no CRC de Belém, que inauguramos no ano passado.

Por fim, o que mais está previsto para ampliar a conectividade no país?

Temos grandes desafios para encarar. Queremos levar internet de qualidade para as 138 mil escolas de ensino básico no país e, claro, que a região da Amazônia vai ser contemplada. O presidente Lula me deu como missão oferecer ao filho do pobre, que estuda em escola pública, o mesmo acesso à internet e as mesmas condições que o filho do rico que estuda em escola particular. Também vamos levar o sinal de 5G para 5,5 mil municípios, melhorar a cobertura do 4G e muitas outras ações para conectar, cada vez mais, o povo brasileiro. Pela primeira vez, o Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC, incluiu um eixo chamado “Conectividade e Inclusão”, com investimento de mais de R$ 27 bilhões. Por isso, tenho confiança que o Brasil vai avançar muito na inclusão digital nos próximos anos.

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